sábado, 31 de outubro de 2009

Acordem Poetas!


Convoco todos os poetas sousenses a participar da academia sousense de poesia de forma ativa, participando de nossas reuniões e acima de tudo com um envolvimento consistente para que possamos levantar essa instituição de grande relevância para todos os poetas do alto sertão da paraíba e da região de Sousa. Por que será que o poeta é tão desligado com os movimentos que dão sustentação a efervecência do nosso povo, à emancipação de nossas ideias e pensamentos; de nossos medos, nossos fantasmas? por que será que os poetas não saem das tocas em tempos de frio, de clima ameno? e ficam hibernando como os ursos, sem a menor razão para saírem à caça? é preciso urgentemente que poetas e ativistas culturais, e gestores e produtores culturais se deem as mãos em torno desse importante seguimento que é a cultura. As mudanças estão chegando e é necessário que fiquemos antenados com as tranformações que estão mudando o nosso quintal, a nossa esquina, a nossa comunidade. Estamos com um Centro Cultural no centro da cidade de Sousa e não vemos quase sempre poetas e músicos, artistas plásticos, artesãos, escritores comparecendo ao centro para assistir a sua programação. O CCBNB/Sousa-PB tem trazido para esta terra os maiores artistas do País entre músicos, artistas, escritores, eventos culturais como o Seminário da Diversidade Cultural, o Seminário de Políticas Públicas e mesmo assim, o público é pífio. O que nós, enquanto artistas queremos, para esta cidade? enquanto cidadão, então? Como exigir da sociedade que participe dos eventos culturais, se nós mesmos artistas somos desarticulados, desinteressados, e não nos movimentamos para mudar esse estado de letargia que acomete todos os que se dizem do meio artístico e cultural? Não é a toa que as bibliotecas estão entregues as traças! Acordem poetas sousenses! Fazer poesia é fazer-se conhecer tambem. É participar dos movimentos, dos eventos, das transformações sociais e políticas; ninguem faz isso dormindo, no anonimato, no obscurantismo das ações. É preciso ser poeta, antes ser cidadão e participar da vida e dos acontecimentos da cidade.

Edilberto Abrantes