sexta-feira, 30 de abril de 2010

Machado de Assis em Sousa


O Bruxo do Cosme Velho, Machado de Assis, terá um de seus contos como motivo principal do próximo encontro dos participantes do Clube do Leitor, que acontecerá na tarde do último sábado do mês de maio vindouro. Estamos disponibilizando o texto para possibilitar essa leitura prévia e assim, a conversa tomar rumos cada vez mais machadianos. Recebam esse texto como convite para o nosso encontro no CCBNB. Bom deleite!

Segue o conto na íntegra:

A IGREJA DO DIABO - Machado de Assis

CAPÍTULO I

DE UMA IDÉIA MIRÍFICA

Conta um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em certo dia, teve a idéia de fundar uma igreja. Embora os seus lucros fossem contínuos e grandes, sentia-se humilhado com o papel avulso que exercia desde séculos, sem organização, sem regras, sem cânones, sem ritual, sem nada. Vivia, por assim dizer, dos remanescentes divinos, dos descuidos e obséquios humanos. Nada fixo, nada regular. Por que não teria ele a sua igreja? Uma igreja do Diabo era o meio eficaz de combater as outras religiões, e destruí-las de uma vez.
- Vá, pois, uma igreja, concluiu ele. Escritura contra Escritura, breviário contra breviário. Terei a minha missa, com vinho e pão à farta, as minhas prédicas, bulas, novenas e todo o demais aparelho eclesiástico. O meu credo será o núcleo universal dos espíritos, a minha igreja uma tenda de Abraão. E depois, enquanto as outras religiões se combatem e se dividem, a minha igreja será única; não acharei diante de mim, nem Maomé, nem Lutero. Há muitos modos de afirmar; há só um de negar tudo.
Dizendo isto, o Diabo sacudiu a cabeça e estendeu os braços, com um gesto magnífico e varonil. Em seguida, lembrou-se de ir ter com Deus para comunicar-lhe a idéia, e desafiá-lo; levantou os olhos, acesos de ódio, ásperos de vingança, e disse consigo: - Vamos, é tempo. E rápido, batendo as asas, com tal estrondo que abalou todas as províncias do abismo, arrancou da sombra para o infinito azul.

II
ENTRE DEUS E O DIABO

Deus recolhia um ancião, quando o Diabo chegou ao céu. Os serafins que engrinaldavam o recém-chegado, detiveram-no logo, e o Diabo deixou-se estar à entrada com os olhos no Senhor.
- Que me queres tu? perguntou este.
- Não venho pelo vosso servo Fausto, respondeu o Diabo rindo, mas por todos os Faustos do século e dos séculos.
- Explica-te.
- Senhor, a explicação é fácil; mas permiti que vos diga: recolhei primeiro esse bom velho; dai-lhe o melhor lugar, mandai que as mais afinadas cítaras e alaúdes o recebam com os mais divinos coros...
- Sabes o que ele fez? perguntou o Senhor, com os olhos cheios de doçura.
- Não, mas provavelmente é dos últimos que virão ter convosco. Não tarda muito que o céu fique semelhante a uma casa vazia, por causa do preço, que é alto. Vou edificar uma hospedaria barata; em duas palavras, vou fundar uma igreja. Estou cansado da minha desorganização, do meu reinado casual e adventício. É tempo de obter a vitória final e completa. E então vim dizer-vos isto, com lealdade, para que me não acuseis de dissimulação... Boa idéia, não vos parece?
- Vieste dizê-la, não legitimá-la, advertiu o Senhor,
- Tendes razão, acudiu o Diabo; mas o amor-próprio gosta de ouvir o aplauso dos mestres. Verdade é que neste caso seria o aplauso de um mestre vencido, e uma tal exigência... Senhor, desço à terra; vou lançar a minha pedra fundamental.
- Vai
- Quereis que venha anunciar-vos o remate da obra?
- Não é preciso; basta que me digas desde já por que motivo, cansado há tanto da tua desorganização, só agora pensaste em fundar uma igreja?
O Diabo sorriu com certo ar de escárnio e triunfo. Tinha alguma idéia cruel no espírito, algum reparo picante no alforje da memória, qualquer coisa que, nesse breve instante da eternidade, o fazia crer superior ao próprio Deus. Mas recolheu o riso, e disse:
- Só agora concluí uma observação, começada desde alguns séculos, e é que as virtudes, filhas do céu, são em grande número comparáveis a rainhas, cujo manto de veludo rematasse em franjas de algodão. Ora, eu proponho-me a puxá-las por essa franja, e trazê- las todas para minha igreja; atrás delas virão as de seda pura...
- Velho retórico! murmurou o Senhor.
- Olhai bem. Muitos corpos que ajoelham aos vossos pés, nos templos do mundo, trazem as anquinhas da sala e da rua, os rostos tingem-se do mesmo pó, os lenços cheiram aos mesmos cheiros, as pupilas centelham de curiosidade e devoção entre o livro santo e o bigode do pecado. Vede o ardor, - a indiferença, ao menos, - com que esse cavalheiro põe em letras públicas os benefícios que liberalmente espalha, - ou sejam roupas ou botas, ou moedas, ou quaisquer dessas matérias necessárias à vida... Mas não quero parecer que me detenho em coisas miúdas; não falo, por exemplo, da placidez com que este juiz de irmandade, nas procissões, carrega piedosamente ao peito o vosso amor e uma comenda... Vou a negócios mais altos...
Nisto os serafins agitaram as asas pesadas de fastio e sono. Miguel e Gabriel fitaram no Senhor um olhar de súplica, Deus interrompeu o Diabo.
- Tu és vulgar, que é o pior que pode acontecer a um espírito da tua espécie, replicou-lhe o Senhor. Tudo o que dizes ou digas está dito e redito pelos moralistas do mundo. É assunto gasto; e se não tens força, nem originalidade para renovar um assunto gasto, melhor é que te cales e te retires. Olha; todas as minhas legiões mostram no rosto os sinais vivos do tédio que lhes dás. Esse mesmo ancião parece enjoado; e sabes tu o que ele fez?
- Já vos disse que não.
- Depois de uma vida honesta, teve uma morte sublime. Colhido em um naufrágio, ia salvar-se numa tábua; mas viu um casal de noivos, na flor da vida, que se debatiam já com a morte; deu-lhes a tábua de salvação e mergulhou na eternidade. Nenhum público: a água e o céu por cima. Onde achas aí a franja de algodão?
- Senhor, eu sou, como sabeis, o espírito que nega.
- Negas esta morte?
- Nego tudo. A misantropia pode tomar aspecto de caridade; deixar a vida aos outros, para um misantropo, é realmente aborrecê-los...
- Retórico e sutil! exclamou o Senhor. Vai; vai, funda a tua igreja; chama todas as virtudes, recolhe todas as franjas, convoca todos os homens... Mas, vai! vai!
Debalde o Diabo tentou proferir alguma coisa mais. Deus impusera-lhe silêncio; os serafins, a um sinal divino, encheram o céu com as harmonias de seus cânticos. O Diabo sentiu, de repente, que se achava no ar; dobrou as asas, e, como um raio, caiu na terra.


Ill
A BOA NOVA AOS HOMENS

Uma vez na terra, o Diabo não perdeu um minuto. Deu-se pressa em enfiar a cogula beneditina, como hábito de boa fama, e entrou a espalhar uma doutrina nova e extraordinária, com uma voz que reboava nas entranhas do século. Ele prometia aos seus discípulos e fiéis as delícias da terra, todas as glórias, os deleites mais íntimos. Confessava que era o Diabo; mas confessava-o para retificar a noção que os homens tinham dele e desmentir as histórias que a seu respeito contavam as velhas beatas.
- Sim, sou o Diabo, repetia ele; não o Diabo das noites sulfúreas, dos contos soníferos, terror das crianças, mas o Diabo verdadeiro e único, o próprio gênio da natureza, a que se deu aquele nome para arredá-lo do coração dos homens. Vede-me gentil a airoso. Sou o vosso verdadeiro pai. Vamos lá: tomai daquele nome, inventado para meu desdouro, fazei dele um troféu e um lábaro, e eu vos darei tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo...
Era assim que falava, a princípio, para excitar o entusiasmo, espertar os indiferentes, congregar, em suma, as multidões ao pé de si. E elas vieram; e logo que vieram, o Diabo passou a definir a doutrina. A doutrina era a que podia ser na boca de um espírito de negação. Isso quanto à substância, porque, acerca da forma, era umas vezes sutil, outras cínica e deslavada.
Clamava ele que as virtudes aceitas deviam ser substituídas por outras, que eram as naturais e legítimas. A soberba, a luxúria, a preguiça foram reabilitadas, e assim também a avareza, que declarou não ser mais do que a mãe da economia, com a diferença que a mãe era robusta, e a filha uma esgalgada. A ira tinha a melhor defesa na existência de Homero; sem o furor de Aquiles, não haveria a Ilíada: "Musa, canta a cólera de Aquiles, filho de Peleu"... O mesmo disse da gula, que produziu as melhores páginas de Rabelais, e muitos bons versos do Hissope; virtude tão superior, que ninguém se lembra das batalhas de Luculo, mas das suas ceias; foi a gula que realmente o fez imortal. Mas, ainda pondo de lado essas razões de ordem literária ou histórica, para só mostrar o valor intrínseco daquela virtude, quem negaria que era muito melhor sentir na boca e no ventre os bons manjares, em grande cópia, do que os maus bocados, ou a saliva do jejum? Pela sua parte o Diabo prometia substituir a vinha do Senhor, expressão metafórica, pela vinha do Diabo, locução direta e verdadeira, pois não faltaria nunca aos seus com o fruto das mais belas cepas do mundo. Quanto à inveja, pregou friamente que era a virtude principal, origem de prosperidades infinitas; virtude preciosa, que chegava a suprir todas as outras, e ao próprio talento.
As turbas corriam atrás dele entusiasmadas. O Diabo incutia-lhes, a grandes golpes de eloqüência, toda a nova ordem de coisas, trocando a noção delas, fazendo amar as perversas e detestar as sãs.
Nada mais curioso, por exemplo, do que a definição que ele dava da fraude. Chamava-lhe o braço esquerdo do homem; o braço direito era a força; e concluía: muitos homens são canhotos, eis tudo. Ora, ele não exigia que todos fossem canhotos; não era exclusivista. Que uns fossem canhotos, outros destros; aceitava a todos, menos os que não fossem nada. A demonstração, porém, mais rigorosa e profunda, foi a da venalidade. Um casuísta do tempo chegou a confessar que era um monumento de lógica. A venalidade, disse o Diabo, era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se tu podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, coisas que são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em todo caso, estão fora de ti, como é que não podes vender a tua opinião, o teu voto, a tua palavra, a tua fé, coisas que são mais do que tuas, porque são a tua própria consciência, isto é, tu mesmo? Negá-lo é cair no obscuro e no contraditório. Pois não há mulheres que vendem os cabelos? não pode um homem vender uma parte do seu sangue para transfundi-lo a outro homem anêmico? e o sangue e os cabelos, partes físicas, terão um privilégio que se nega ao caráter, à porção moral do homem? Demonstrando assim o princípio, o Diabo não se demorou em expor as vantagens de ordem temporal ou pecuniária; depois, mostrou ainda que, à vista do preconceito social, conviria dissimular o exercício de um direito tão legítimo, o que era exercer ao mesmo tempo a venalidade e a hipocrisia, isto é, merecer duplicadamente. E descia, e subia, examinava tudo, retificava tudo. Está claro que combateu o perdão das injúrias e outras máximas de brandura e cordialidade. Não proibiu formalmente a calúnia gratuita, mas induziu a exercê-la mediante retribuição, ou pecuniária, ou de outra espécie; nos casos, porém, em que ela fosse uma expansão imperiosa da força imaginativa, e nada mais, proibia receber nenhum salário, pois equivalia a fazer pagar a transpiração. Todas as formas de respeito foram condenadas por ele, como elementos possíveis de um certo decoro social e pessoal; salva, todavia, a única exceção do interesse. Mas essa mesma exceção foi logo eliminada, pela consideração de que o interesse, convertendo o respeito em simples adulação, era este o sentimento aplicado e não aquele.
Para rematar a obra, entendeu o Diabo que lhe cumpria cortar por toda a solidariedade humana. Com efeito, o amor do próximo era um obstáculo grave à nova instituição. Ele mostrou que essa regra era uma simples invenção de parasitas e negociantes insolváveis; não se devia dar ao próximo senão indiferença; em alguns casos, ódio ou desprezo. Chegou mesmo à demonstração de que a noção de próximo era errada, e citava esta frase de um padre de Nápoles, aquele fino e letrado Galiani, que escrevia a uma das marquesas do antigo regímen: "Leve a breca o próximo! Não há próximo!" A única hipótese em que ele permitia amar ao próximo era quando se tratasse de amar as damas alheias, porque essa espécie de amor tinha a particularidade de não ser outra coisa mais do que o amor do indivíduo a si mesmo. E como alguns discípulos achassem que uma tal explicação, por metafísica, escapava à compreensão das turbas, o Diabo recorreu a um apólogo: - Cem pessoas tomam ações de um banco, para as operações comuns; mas cada acionista não cuida realmente senão nos seus dividendos: é o que acontece aos adúlteros. Este apólogo foi incluído no livro da sabedoria.

IV
FRANJAS E FRANJAS

A previsão do Diabo verificou-se. Todas as virtudes cuja capa de veludo acabava em franja de algodão, uma vez puxadas pela franja, deitavam a capa às urtigas e vinham alistar-se na igreja nova. Atrás foram chegando as outras, e o tempo abençoou a instituição. A igreja fundara-se; a doutrina propagava-se; não havia uma região do globo que não a conhecesse, uma língua que não a traduzisse, uma raça que não a amasse. O Diabo alçou brados de triunfo.
Um dia, porém, longos anos depois, notou o Diabo que muitos dos seus fiéis, às escondidas, praticavam as antigas virtudes. Não as praticavam todas, nem integralmente, mas algumas, por partes, e, como digo, às ocultas. Certos glutões recolhiam-se a comer frugalmente três ou quatro vezes por ano, justamente em dias de preceito católico; muitos avaros davam esmolas, à noite, ou nas ruas mal povoadas; vários dilapidadores do erário restituíam-lhe pequenas quantias; os fraudulentos falavam, uma ou outra vez, com o coração nas mãos, mas com o mesmo rosto dissimulado, para fazer crer que estavam embaçando os outros.
A descoberta assombrou o Diabo. Meteu-se a conhecer mais diretamente o mal, e viu que lavrava muito. Alguns casos eram até incompreensíveis, como o de um droguista do Levante, que envenenara longamente uma geração inteira, e, com o produto das drogas socorria os filhos das vítimas. No Cairo achou um perfeito ladrão de camelos, que tapava a cara para ir às mesquitas. O Diabo deu com ele à entrada de uma, lançou-lhe em rosto o procedimento; ele negou, dizendo que ia ali roubar o camelo de um drogomano; roubou-o, com efeito, à vista do Diabo e foi dá-lo de presente a um muezim, que rezou por ele a Alá. O manuscrito beneditino cita muitas outra descobertas extraordinárias, entre elas esta, que desorientou completamente o Diabo. Um dos seus melhores apóstolos era um calabrês, varão de cinqüenta anos, insigne falsificador de documentos, que possuía uma bela casa na campanha romana, telas, estátuas, biblioteca, etc. Era a fraude em pessoa; chegava a meter-se na cama para não confessar que estava são. Pois esse homem, não só não furtava ao jogo, como ainda dava gratificações aos criados. Tendo angariado a amizade de um cônego, ia todas as semanas confessar-se com ele, numa capela solitária; e, conquanto não lhe desvendasse nenhuma das suas ações secretas, benzia-se duas vezes, ao ajoelhar-se, e ao levantar-se. O Diabo mal pôde crer tamanha aleivosia. Mas não havia duvidar; o caso era verdadeiro.
Não se deteve um instante. O pasmo não lhe deu tempo de refletir, comparar e concluir do espetáculo presente alguma coisa análoga ao passado. Voou de novo ao céu, trêmulo de raiva, ansioso de conhecer a causa secreta de tão singular fenômeno. Deus ouviu-o com infinita complacência; não o interrompeu, não o repreendeu, não triunfou, sequer, daquela agonia satânica. Pôs os olhos nele, e disse:
- Que queres tu, meu pobre Diabo? As capas de algodão têm agora franjas de seda, como as de veludo tiveram franjas de algodão. Que queres tu? É a eterna contradição humana.

***

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Classificação Geral do Festival e Agradecimentos

Amigos seguidores do blog, finalmente, depois de uma trabalheira imensa, conseguimos trazer para vocês todas as classificações do II Festival de Poesias Prêmio Patativa do Assaré. Essa foi a informação mais difícil de disponibilizar neste espaço... só quem tem alimentado blogs por aí, sabe quão grande é o esforço para transferir uma tabela excel para este tabuleiro de texto ...

Nessa última respiração, quero registrar meus agradecimentos às instituições parceiras: ao Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa (pela divulgação e toda a infra-estrutura climatizada, com equipamentos de som e luz disponibilizados, gratuitamente, inclua-se a disponibilidade de seus técnicos Rodrigo de Paula e Franciso Diassis que operaram os equipamentos) e a Prefeitura Municipal de Sousa (pelos substanciais R$2.900,00 de patrocínio, entregues ao presidente Zelito Garrido sem maiores empecilhos burocráticos).

Agradeço também aos amigos(Professor Caetano Lima, músicos da Banda Coiteiros e Valber Matos) pela disposição, sem qualquer pagamento de cachê, em enriquecer a noite de premiação.

Enfim, deixo aqui o meu agradecimento a todos os que incentivaram e possibilitaram a realização desta segunda edição... o meu grande OBRIGADO!

Aos poetas participantes, todos os aplausos em manter viva a chama da Poesia Sertaneja, Paraibana, NOrdestina, Brasileira e Universal. Este mundo caótico, poetas, continua precisando da sensibilidade de seus escritos. Grande abraço...Seu Sérgio.

ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO/ NOME POETA/
POEMAS

1º EDILBERTO ALVES ABRANTES
OH SOUSA!

2º JOELLY FERNANDES QUEIROZ
TANTA COISA

3º EDCARLOS GOMES SOBREIRA
MEUS VERSOS

4º EDILBERTO ALVES ABRANTES
ODE AO RIO
CARLOS ALBERTO B PEREIRA
O PERDÃO
MANOEL LEITE GARRIDO
QUER SABER O QUE É CACHAÇA...

6º LAERCIO FERREIRA DE O FILHO
CANTO NEGRO
MARCOS ANTONIO DA SILVA
TESTEMUNHO

7º JOSÉ ALEXANDRE NUNES DA COSTA
POEMA A TEIXEIRA
JOSÉ DE SOUSA BRITO FILHO
POEMA DE UMA INSPIRAÇÃO

8º JOSÉ LEONILSON FEITOSA
AOS POETAS SEVERINOS
ANDREIA MOTA
EVIDENCIAS

9º MANOEL CAVALCANTE DE S CASTRO
HÁ NA BELEZA DE TUDO, TODA...
MANOEL CAVALCANTE DE S CASTRO
INFANCIA SUICIDA
JOELLY FERNANDES QUEIROZ
PS YOU ARE NOT ALONE
JOSÉ ALEXANDRE NUNES DA COSTA
POEMA PARA MAMÃE

10º JOSÉ LEONILSON FEITOSA
AMOR SUBMISSO
EDILBERLANDE DENIZ
ICÓGNITA

11º ISMAEL OLIVEIRA ROCHA
DA-ME UMA CANÇÃO

12º OSNILDO SILVA DA SILVEIRA
BALAÚSTRE
LAERCIO FERREIRA DE O FILHO
CORAÇÃO DE PIÃO
LAURIVAL BATISTA
ENTRE O GOSTO E DESGOSTO
FRANCISCO DAS CHAGAS M OLIVEIRA
SINTO QUE ESTOU APAIXONADO
CECILIA ALVES MENDONÇA
TARDE 1
MARCOS ANTONIO DA SILVA
VISITA INDESEJAVEL
PEDRO CELESTINO QUEIROZ FILHO
MOTE

13º PEDRO CELESTINO DE QUEIROZ FILHO
VELHICE? EU SO TENHO IDADE

14º PAULO NUNES DA COSTA
FILHO PRODIGO
PAULO NUNES DA COSTA
MASCARAS
AGAR NUNES GUEDES
PROCISSÃO DA DOR

15º EDCARLOS GOMES SOBREIRA
ARTISTA OU PALHAÇO
JOSE FRANÇUELDO GOMES
HERANÇA DE VAQUEIRO
ISAC JORDÃO DE SOUSA ARAÚJO
QUEM EXPLICA
AGAR NUNES GUEDES
TRISTE VIVE QUEM NÃO VIVE...

16º OSNILDO SILVA DA SILVEIRA
EDILBERTO ABRANTES
NIOBEL FERNANDES PEREIRA
PATATIVA DO ASSARÉ

17º JOSE JOFRAN J DE CARVALHO
BALADA DO AMOR QUE ...
ROBSON RIBEIRO
LÁGRIMAS
JOSÉ PAULO FRANCELINO DE SOUSA
NOVENA

18º JAIME DAVID GUAYARA GUTIERREZ
POEMA PARA TI, AMOR
JUVEINO GALGA FERREIRA
QUEM?

19º CARLOS ALBERTO B PEREIRA
O QUADRO
ROBSON RIBEIRO
SEPARAÇÃO

20º NIOBEL FERNANDES PEREIRA
AO ENTARDECER
SUFIA DALTA NEVES
NOITE
FABIO TYRONE BRAGA DE OLIVIRA
TENHO MEDO

21º PRISCILA FERREIRA
DONO DA CULPA

22º JOSÉ PAULO FRANCELINO DE SOUSA
REUNIÃO DE FAMILIA

23º GETULIO SALVIANO LINS DE SÁ
BURACO
TINTO MARQUES
FILOSOFEMA

24º PAULO MUNIZ ALVES
BEIJOS
ISMAEL OLIVEIRA ROCHA
CAMINHOS
PAULO CESAR PEREIRA
HERANÇA
PAULO CESAR PEREIRA
SIMPLISMENTE AMOR!

25º PAULO MUNIZ ALVES
NOITE DE LUAR

26º ALFREDO DIAS
DANÇANDO SOZINHO
RAMOS DIAS DE MELO
MOMENTOS

27º ALFREDO DIAS
O PINTOR

28º VITOR CINTRA
TARDE 2

29º JULIO DIAS DEMELO
AMOR

30º PEDRO A BRUMOSA
TU ÉS

31º SOPHIA DE MELO BAYNER
SAUDADE

sábado, 24 de abril de 2010

Aberto o Clube do Leitor em Sousa


No auditório do Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa foi iniciado, neste 24 de abril de 2010, um grupo de leitores cujo objetivo é apenas um: encontar pessoas interessadas em conversar, espontaneamente, sobre as leituras de cada participante do Clube do Leitor, como é chamada esta iniciativa que já vem acontecento tanto no CCBNB Fortaleza quanto no Cariri cearense.

Aqui em Sousa as conversas foram mediadas pela professora e especialista em Literatura Brasileira Fátima Sarmento. Professora conhecida no interior da Paraíba e em algumas cidades do Ceará pela sua paixão pela literatura, Fátima Sarmento tomou o cuidado de envolver e provocar todo o grupo nas discussões - independente de nível de leituras ou faixa etária, afastando-se o máximo dos formatos de sala de aula.

O grupo tinha três textos básicos, sugeridos pela professora, para abrir a discussão lembrando a força da palavra e do discurso comparando textos escritos e veiculados por padres portugueses na época dos 'descobrimentos' e textos escritos e veiculados por terroristas quando do 11 de setembro. Esta discussão acabou sucitando assuntos como: a infidelidade dos filmes aos livros nos quais se basearam; a massificação dos livros de auto-ajuda; o jogo de interesse nos discussos de tv e internet, etc.

A discussão acaba envolvendo também contextos históricos sobre os quais a obra ou os autores viveram. O encontro, portanto, torna-se convidativo aos amantes de História. A literatura, como toda arte, vai muito além da caneta de seu autor e os leitores desse clube vão descascando estes abacaxis a cada encontro.

O clube do leitor se reunirá sempre aos sábados no auditório do CCBNB Sousa. Qualquer amante da leitura sinta-se no direito de participar desse grupo.

Nossos parabéns aos 12 apóstolos da leitura desse primeiro encontro que envolveu frequentadores do CCBNB, bancário, estudantes de ensinos fundamental e médio, vestibulandos, universitários, eu - Sérgio Silveira e a poeta Porcina Furtado, além dos Césares Nóbregas da vida que não largam um livro nem pela cocada que se encontra em Aparecida.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

VIDA

Vida, tú não és minha amiga;
Quantos tapas desferidos em minha face?
Quantas vezes procurei por um disfarce
Para esconder essa ruga inimiga?

Só o tempo acompanha o meu calvário
e é o muro de minhas lamentações.
de tantos sofrimentos e decepções
com o passar dos anos, do calendário!

Não fostes generosa comigo, um
um minuto sequer e sem motivo algum
castigaste-me todos os dias vividos...

Embora lutando e buscando ser feliz
fizeste de mim apenas um aprendiz,
vítima de amores mal resolvidos!

Poesia do Poeta Edilberto Abrantes
inscrita no 1º Festival Patativa do Assaré.
Email: Edilbertopoeta@gmail.com

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O prêmio ficou na cidade sorriso


O primeiro lugar do prêmio Patativa do Assaré foi para o poeta, contista, cronista e músico sousense Edilberto Abrantes (foto) com a poesia "Oh Sousa!". A segunda colocação ficou com Joelly Fernandes Queiroz que inscreveu a poesia "Tanta Coisa". Já o Poeta da Dor, também sousense, Edicarlos Gomes Sobreira, ficou com a terceira posição com sua poesia "Meus Versos".

Seguem abaixo a poesia vencedora e a terceira colocada, na íntegra:

OH SOUSA!

Quereis que furte a mim mesmo
Em não confessar o amor
Que tenho por ti? Não é segredo,
Já o digo em meu suor.

Sempre peço por teus rios
Por teus filhos desnutridos
Teus amores concebidos
Nesse trem de gerações
Quanta vida em tuas praças

Tuas ruas
Sempre cheias de alegria
Tua história sem memória
Faz chorar velhas fotografias
Os casarões em ruínas
Do teu passado de glória

Oh Sousa em que te fias?
Nos teus olhos de menina
Centenária? Salve bela
Do barroco renascentista
A art nuveaux do teu casario
Do gótico de tuas catedrais
Oh amada centenária
Dos ambulantes,
Sonhos itinerantes
Sousa macro
Sousa marco
Sousa centro cultural
Político e social
Do sertão Paraibano.

MEUS VERSOS
de Edicarlos G. Sobreira

Meus versos?....Meus versos são rasteiros,
Simples, certeiros.
Não existem palavras difíceis, tudo e tão natural.
Meus versos?...Meus versos são partículas de seu sorriso,
Vento suave às vezes tempestades.
Não tem grandes realidades, mas e surreal
Meus versos?....Meus versos senhor!
São versos vazios, preenchidos de dor.
São recolhidos, abafados, rejeitados.
Meus versos?...Meus versos são infantis, amadores,
Cheios de erros com letras de primário.
Meus versos?...Meus versos não são de um poeta
E sim! De um sonhador triturado pelo amor.

Durante a apresentação da banda Coiteiros - que tem os poetas Getúlio Salviano e Jofran di Carvalho entre seus músicos - foi recitada a poesia de Augusto dos Anjos que segue abaixo como degustação da noite de premiação do II Festival da ASP.

A árvore da serra

— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!

— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pos almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma! ...

— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!»
E quando a árvore, olhando a pátria serra,

Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

E o prêmio vai para...

Tá chegando a grande hora da confraternização dos poetas sousenses, sertanejos, paraibanos, nordestinos, brasileiros, enfim.

Como há alguns anos atrás, a cidade sorriso reviverá um momento de brilho em suas páginas de poesias...

Ungidos pela levada poética de Patativa do Assaré muitos poetas estarão reunidos no Centro Cultural Banco do NOrdeste Sousa no próximo domingo, a partir das 19h para tomar conhecimento de suas colocações no II FESTIVAL PATATIVA DO ASSARÉ da Academia Sousense de Poesia, cujas inscrições encerraram-se na última segunda-feira.

Na programação da premiação está prevista uma abordagem sobre a vida e a obra de Patativa pelo poeta, ambientalista e professor Caetano de Lima;

Na sequencia, serão entregues as comendas ROBSON MARQUES aos que contribuíram com o engrandecimento e com a manifestação poética em nossa região.

Num terceiro momento, o mais esperado, serão entregues os prêmios-obras-de-arte especialmente concebidos e realizados pelas mãos do artista plástico Berg Almeida, cujo trabalho tem alcançado grande repercussão.

Encerrando a noite, todo o público presente assistirá ao show da Banda Coiteiros, que mistura poesia, brega e o bom e velho rock n roll dos anos 70.



Celembremos, juntos, a poesia nordestina e brasileira.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Última semana de inscrições para o II Festival Patativa do Assaré realizado pela ASP


II FESTIVAL DE POESIA - PRÊMIO PATATIVA DO ASSARÉ


Com o objetivo de promover os poetas, favorecendo o intercâmbio de idéias na busca de espaços para divulgação dos mesmos; Fomentar a discussão entre artistas e população; Homenagear o grande poeta nordestino Patativa de Assaré concedendo aos vencedores um troféu que traz seu nome e Descobrir novos talentos da poesia nacional, a ASP – ACADEMIA SOUSENSE DE POESIA realizará a segunda edição do festival na cidade de Sousa PB, no período de 12 de março a 12 de abril de 2010.

Poderão inscrever-se no II FESTIVAL DE POESIA PRÊMIO PATATIVA DO ASSARÉ todos os poetas, de todas as regiões e países, independentes de estilo, gênero ou nacionalidade, que concorrerão em absoluta igualdade.

As inscrições deverão ser entregues na sede do Sindicato do Comércio de Sousa na Rua Cônego José Viana nº 63 Sala 120/Edificio Matias (Frente ao Frouxão) Sousa PB, Fones: 0xx-83. 3522-2095/ 0xx 83 9169-8444/ 0xx83 9163-2645. E-mail: fpoesiapatativa@hotmail.com.br. Maiores informações no blog: www.festpoesiapatativa.blogspot.com.

Mas atenção:
O período de inscrição encerrará no próximo dia 12 de abril.

A formalização das inscrições se processará mediante a entrega das poesias datilografadas em espaço dois ou digitadas em espaço simples (Word), em quatro vias acompanhadas da identificação do autor (Nome, endereço completo e um breve currículo)

Nas cópias da poesia não deverão constar os nomes dos autores, apenas o nome da obra, a identificação deverá ser feita em folha, à parte e anexada a obra.

Cada poeta poderá inscrever até duas poesias e as obras não poderão conter mais que duas laudas (páginas).

Boa sorte a todos os poetas!

domingo, 4 de abril de 2010

Parceiro de Zeca Baleiro se apresentará aqui em Sousa na próxima sexta, dia 09


OPORTUNIDADE ÚNICA para os amantes da poesia

‘A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO’

Poesia e música
Performance poética em que o poeta e letrista Celso Borges interpreta cerca de 20 poemas de seus três livros-CDs, XXI (2000), Música (2006) e Belle Époque (2010), entre eles Linguagem, Persona Non Grata, Chacal e Pária. A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO tem trilhas e interferências sonoras executadas pelo guitarrista Christian Portela.

O show é uma festa sonora da música da palavra, palavra musicada, música falada, palavra cantada, uma celebração de música e poesia. Com elementos que colaboram para enriquecer o universo da poesia brasileira falada/cantada no começo do século 21, Celso Borges abre novas possibilidades de leitura para a poesia e atenua o desgaste que as linguagens faladas têm sofrido nos últimos anos.

A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO estreou em abril de 2009, na 6ª edição do projeto Catarse – reunião de artistas de todas as linguagens no palco do Sesc Pompéia, em São Paulo. Em São Luís, Celso e Christian apresentaram o projeto em dois shows no Cine Praia Grande, em outubro do ano passado.

Som e fúria

Desde os beatniks americanos, liderados por Allen Ginsberg e Lawrence Felinghetti, em meados do século XX, poetas do mundo inteiro buscam novas formas de ler e falar textos poéticos, aproximando-se cada vez mais com a música. Um dos primeiros diálogos foi com o jazz, dando início à dessacralização da poesia falada da forma como se conhecia até então. No Brasil, anos 70, a poesia marginal saiu às ruas, incorporando lições cotidianas e informais nascidas nas páginas modernistas da Semana de 22. Celso Borges segue a trilha dos poetas-declamadores que reinventaram o casamento dos versos com a música, como William Burroughs (EUA), Serge Gainsbourg (França), Mutabaruka (Jamaica) e Linton Kwesi Johnson (Reino Unido), entre outros.

A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO
Duração do espetáculo: 45 minutos

OS ARTISTAS
Celso Borges (voz e poesia) - é de São Luís do Maranhão, onde nasceu em 1959. Poeta, jornalista e letrista, viveu em São Paulo durante 20 anos e está retornando a São Luís. Parceiro de Chico César e Zeca Baleiro, entre outros, tem sete livros de poesia publicados, entre eles Pelo avesso (1985); Persona non grata (1990); Nenhuma das respostas anteriores (1996), XXI (2000) e Música, os dois últimos no formato de livro-CD, com a participação de mais de 50 poetas e compositores de várias cidades brasileiras.

No palco, desenvolveu com o DJ paulistano Otávio Rodrigues o projeto Poesia Dub, que se apresentou, entre outros eventos, no Tim Festival (SP-2004) e no projeto poético musical Outros Bárbaros, do Itaú Cultural (2005 e 2007). Seu terceiro livro-CD, Belle Époque, será lançado ainda este ano.

Christian Portela (guitarra) - multi-instrumentista maranhense (São Luís, fevereiro de 1976), toca gaita, guitarra, baixo, teclado e bateria. Começou no grupo Bota O Teu Blues Band, uma das primeiras bandas de blues e rock a fazer um circuito de bares na Ilha. Em 1998, aproximou-se do rap e foi um dos fundadores da T.A. Calibre 1, banda referência do cenário alternativo do Maranhão.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Côco do Mundo/Eu Detesto Coca Light

Zeca Baleiro & Chico César

O pastor virou doleiro, dinheiro virou cultura,
poesia virou salário, vulgaridade, receita.
Deus me livre dessa seita cujo Deus é feio e triste.

Se o belo ainda existe, o belo eu quero procurar.
Outono, verão, inverno, o mundo virou inferno.
Que o diabo pós-moderno, haja fogo pra queimar.

Da cintura pra cima só visto a calça da rima,
só quero o que me anima, o imã que me atraia,
o fogo que me atice.

Uma vez meu pai me disse ‘Meu filho, a vida é
um grande concurso de misse, alucinação de Alice,
pernas de Cyd Charisse procurando Fred Astaire’.

Eu detesto George Bush desde a Guerra do Kwait.
Eu não quero que tu te vás, mas se tu quer ir-se, vai-te.
Quero adoçar minha sina, que viver tá muito diet.
Danação é cocaína, mesmo quando chamam bright.
Gosto de você menina, mas detesto coca-light.

Gosto de sair à noite de tomar um biri night
Jurubeba tubaína Johnny Walker Black White
Me afogo na cangibrina caio no tatibitáti
Tomo cinco ou seis salinas feito fosse chocolate
Engulo até gasolina mas detesto coca light

Fazem da boate igreja da igreja fazem boate
Põem veneno na comida cicuta no abacate
Eu cuido da minha vida não sou boi que vai pra o abate
Podem cortar minha crina podem partir pra o ataque
Podem me esperar na esquina mas detesto coca light

Deus é o juiz do mundo, ele apita o nosso embate.
Nem Carlos Eugênio Simon nem José Roberto Wright.
A partida não termina, prorrogação e penálti.
A torcida feminina dá o molho ao combate.
Aprendo o que a vida ensina, mas detesto coca-light.

Tolerância zero fome zero coca zero
No quartel do mundo eu sou o recruta zero
Quero quero tanta coisa
E só me dão o que não quero.