quinta-feira, 22 de julho de 2010

Projeto “Para Gostar de Ler” , um exemplo a ser seguido no alto sertão

Fonte: folhadosertao.com.br

A prefeitura municipal de Santa Cruz realizou entre os dias 19 de abril e 03 de Maio, o Projeto “Para Gostar de Ler” com o intuito de dinamizar o processo de leitura com crianças do ensino infantil a fundamental. Contando com palestras de conscientização social e outras ações lúdicas previamente estudadas como: dinâmica de grupo, pescaria, bingo, campeonato de dominó, e ensaios de peças teatrais infantis em estudo como “Quem quer casar com Dona Baratinha” e “Kuarup, uma canção de amor a Terra.”

“Essa ação nasceu especificamente para o grupo da terceira idade, tendo como base a promoção social, inserção, motivação, respeito, solidariedade e a dignidade ao ser humano, preservando princípios éticos e o melhoramento da qualidade de vida e a prevenção primária de doenças e fatores de risco a saúde“, explica a coordenadora do projeto, Mércia Ginna.

Segunda a psicóloga, o projeto envolve o grupo “Vagalume” da melhor idade, fazendo com que eles sintam-se socialmente responsáveis em sua comunidade, sendo bem mais que contadores de história e sim multiplicadores de uma única ação.

“Assim, entendo essa iniciativa como conjunto de atividades organizadas para o concreto, sendo apresentado em escolas e creche com abordagens práticas e criativas para seu desenvolvimento, junto à equipe de apoio do Centro de referência e apoio social – “CRAS”

Para finalizar, Mércia Ginna destaca o apoio das instituições de ensino envolvidas. “Contamos e agradecemos a contribuição das escolas Nestor Antunes de Oliveira através da diretora Maria Tereza e a Escola Adauto Ferreira com a direção de Marta, a creche Rosa Antunes e direção de Ana Paula ,além do PETI-Programa de Erradicação do Trabalho Infantil sob a direção de Francisco Severino (Nem). Agradeço também a Pereira Júnior e sua esposa pelo profissionalismo no acompanhamento às atividades programadas pela prefeitura.”

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Prefeitura(de Cajazeiras) entrega recursos do FUMINC 2010

A Prefeitura de Cajazeiras, por intermédio da Secretaria de Cultura entrega nessa quarta-feira, dia 07, a primeira parcela dos recursos destinados ao Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FUMINC 2010). 27 projetos culturais foram selecionados pelo Edital deste ano. Ao todo são 64 mil reais que a Prefeitura de Cajazeiras está liberando em seis parcelas para incentivar a produção artística do município.

A solenidade de entrega da primeira parcela dos recursos acontecerá a partir das 19h00 no Cajazeiras Tênis Clube, com a participação de grupos culturais da cidade contemplados pela lei do FUMINC.

Será que cá(Sousa) será como lá? Ah, se sêsse!

ascom

terça-feira, 22 de junho de 2010

O escritor português e Prémio Nobel da Literatura em 1998 José Saramago morreu aos 87 anos em Lanzarote.

O autor português encontrava-se doente em estado "estacionário", mas a situação agravou-se, explicou ao PÚBLICO o seu editor, Zeferino Coelho. O corpo do escritor será cremado e as cinzas ficarão em Portugal, como indicou ao PÚBLICO o administrador da Fundação José Saramago.

A Fundação José Saramago confirmou em comunicado que o escritor morreu às 12h30 na sua residência de Lanzarote "em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença. O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila".

“Desaparece um enorme escritor universal”

A notícia da morte de José Saramago apanhou Eduardo Lorenço e Carlos Reis em Cáceres, Espanha, onde se tinham deslocado para uma reunião do júri que atribuiu o prémio de criação da Junta de Estremadura a Eugenio Trías. “A notícia da morte chega nos momentos e nos lugares mais estranhos, mesmo que ela seja uma morte não propriamente anunciada, mas já esperada”, diz o ensaísta Carlos Reis, que conta que estava “à porta de um hotel, em Cáceres”, comentando com Lourenço “o frágil estado de saúde de José Saramago”, quando “de repente, uma chamada telefónica (malditos telemóveis!)” lhe trouxe a notícia da morte do Nobel da Literatura.

“Com José Saramago”, diz Carlos Reis, desaparece não apenas um grande escritor português, mas sobretudo um enorme escritor universal”. No entanto, acrescenta, “fica connosco um universo: esse que Saramago criou, feito de uma visão subversiva da História e dos seus protagonistas, dos mitos estabelecidos e das imagens estereotipadas”.

Ainda que a sua obra “tenha a dimensão plurifacetada e sempre em renovação que é própria dos grandes escritores”, Carlos Reis arrisca “evocar, neste momento de comovida homenagem, alguns dos seus componentes mais fortes e expressivos”. Lembra que “o romancista que em 1980 publicava ‘Levantado do Chão’ – uma espécie de romance de iniciação que confirmava a aprendizagem representada em Manual de Pintura e Caligrafia – pagava uma espécie de tributo literário ao extinto neo-realismo, com o qual mantinha fortes laços de solidariedade ideológica e política”. Mas acrescenta que “logo depois, e na sequência do admirável ‘Memorial do Convento’, Saramago escreve e publica, entre outros ‘O Ano da Morte de Ricardo Reis’ (1984), ‘A Jangada de Pedra’ (1986) e ‘História do Cerco de Lisboa’ (1989)”. Isto, diz Carlos Reis, “significa que ‘Memorial do Convento’ não era um caso isolado, no que à inscrição da História na ficção diz respeito, e significa também que a tematização da História desencadeava inevitavelmente um jogo de variações e de modulações temáticas”.

Entre “os grandes temas que a ficção saramaguiana nos legou”, Reis assinala “a reflexão sobre Portugal e o seu destino (mau destino, para Saramago) de integração europeia, a problematização de mitos portugueses (o de Fernando Pessoa, por exemplo) em articulação com um tempo histórico tão bem identificado como o dos inícios do salazarismo, a revisão crítica e provocatória do Cristianismo, ou a reflexão em clave ficcional sobre as origens históricas e políticas de Portugal, de novo em incipiente “diálogo” com a Europa”.

Após os anos 80, “a mais fecunda década da escrita literária de Saramago, abre-se”, diz Reis, “um tempo de tematização de sentidos, de valores e de temas com um alcance universal”. E “é então, sobretudo, que o registo da alegoria entra decididamente na escrita literária de Saramago; e é por isso que romances como ‘Ensaio sobre a Cegueira’ ou ‘Todos os Nomes’ são e serão lidos como grandes romances da literatura universal”, afirma o ensaísta e professor universitário.

“Diz-se que José Saramago era um escritor polémico. É verdade. São polémicos os escritores que, com desassombro e com arrojada visão do futuro, interpelam os homens e os poderes do seu tempo”, diz ainda Reis, para concluir: “E é justamente quando o fazem, em conjugação com o impulso inovador que às suas obras incutem, que dizemos deles que são grandes escritores”. E Carlos Reis, que acabou há dias de escrever um prefácio para uma edição especial de “O Memorial do Convento”, ilustrada por João Abel Manta – o livro deverá ser lançado em Setembro pela editora Modo de Ler, não hesita em afirmar que “Saramago foi e será um grande escritor”.

O último crente

Para Eduardo Lourenço, Saramago foi, na sua história pessoal e de escritor, “o que de mais próximo tivemos da Gata Borralheira, uma gata borralheira rústica, que nasceu num berço pobre e chegou àquele trono de Estocolmo”. O prémio Nobel, diz, “foi importante para ele, mais foi-o também para o país, por ter sido o primeiro Nobel da Literatura português e porque as probabilidades de que venhamos a ter outro não são muitas”. No futuro, prevê, “a geração dele, que é também a minha, será a geração do Nobel”.
Recordando que o escritor não tinha muito apreço “pelo patético” e que “não gostaria de grandes efusões a título póstumo”, Lourenço considera que o que o romancista trouxe para a literatura foi uma “visão do mundo segundo José Saramago, uma espécie de evangelho segundo Saramago”.

Algo que o ensaísta define como “um diálogo profundo, ambíguo, extraordinário, entre a visão evangélica propriamente dita, na qual foi criado, e uma transformação dessa mensagem, da qual Saramago acreditava ter conservado a essência”. Embora a sua obra “parecesse uma coisa blasfema, ele foi de certo modo o último crente numa civilização que já não crê em nada”. É esse, diz, “o paradoxo da sua vida”.

Saramago, afirma, “imaginou uma arquitectura romanesca que é uma espécie de inversão de signo da tradição mais canónica das nossas letras, construiu um mundo ao revés, que era, para ele, o mundo às direitas, reviu a história de Portugal e da Península – a história dos árabes que poderíamos ter sido –, e reviu a história da modernidade numa espécie de apocalipse”.

Para Lourenço, a obra de Saramago “é incompreensível” se não se tiver em conta “a exposição” do autor”, enquanto “jovem autodidacta”, à Bíblia, que o escritor depois “transformou numa epopeia fantástica”.

Sublinhando que Sramago “não foi um neo-realista canónico”, Lourenço nota que a sua obra “acabou por dar ao neo-realismo uma espécie de glória fantástica”. O ensaísta lembra ainda que o escritor “partilhou a utopia” dos neo-realistas e que viveu o suficiente para “ver o seu fim, em termos históricos”. Mas assinala que este “não se resignou” e que o novo mundo, “embora triunfante, não o convenceu”. Daí que, argumenta, “lhe tenha oposto, numa espécie de vingança, um mundo às avessas”.
A título pessoal, Lourenço diz que, “um pouco paradoxalmente”, gosta em particular de “Todos os Nomes”, um “livro triste”, que considera “um dos grandes romances de amor da literatura portuguesa”.

Uma vida literária

Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, na Golegã, a 16 de Novembro de 1922, e apesar da mudança com a família para Lisboa, com apenas dois anos, o local de nascimento seria uma marca constante ao longo da sua vida, como referiria na Academia Sueca em 1998, aos 76 anos, quando da sua distinção com o Nobel da Literatura. A austeridade material da sua infância, contraposta a uma riqueza humana que o marcaria indelevelmente, seria um dos pontos fulcrais do discurso, onde destacou longamente a avó Josefa e o avô Jerónimo, "capaz de pôr o universo em movimento com apenas duas palavras." Na biografia "José Saramago", editada em Janeiro deste ano, o autor João Marques Lopes escreve que "sobre todos [os familiares mais próximos], Saramago deixaria algo escrito."

Estudante no Liceu Gil Vicente, que é obrigado a abandonar por dificuldades económicas, matriculando-se na Escola Industrial Afonso Domingues, termina em 1939 os estudos de Serralharia Mecânica. Como primeiro emprego, trabalha nas oficinas do Hospital Civil de Lisboa. A paixão pela literatura é alimentada de forma autodidacta, nas noites passadas na Biblioteca do Palácio das Galveias. Nos anos seguintes, transitará para os serviços administrativos do Hospital Civil, antes de se ligar profissionalmente à Caixa de Abono de Família do Pessoal da Indústria da Cerâmica.

Em 1944, casa com a gravadora e pintora Ilda Reis. A filha única do casal, Violante Saramago Matos, nasceria em 1947, o mesmo em que publica a sua primeira obra, “Terras do Pecado”. O título original, “Viúva”, foi alterado por imposição do editor da Minerva. Saramago desvaloriza o livro, que nunca incluiu na sua bibliografia. Uma das razões apontadas pelo seu autor para a exclusão foi, precisamente, a alteração forçada do título. “Clarabóia”, que seria o sucessor de “Terras do Pecado”, foi recusado pelo seu editor e permanece inédito até hoje.

A partir de 1955, Saramago começa a desenvolver trabalho de tradutor, dedicando-se a nomes como Hegel ou Tolstoi. O regresso à edição dar-se-ia mais de uma década depois. Em 1966, altura em que ocupava o cargo de editor literário na Editorial Estúdio Cor, lança o livro de poesia “Poemas Possíveis”. Então um autor discreto no panorama literário nacional, continuaria a exprimir-se em poema nas obras seguintes, “Provavelmente Alegria” (1970) e “O Ano de 1993” (1975).

Crítico literário na “Seara Nova” a partir de 1968, torna-se no ano seguinte membro do Partido Comunista Português, do qual será, até à morte, um dos mais distintos militantes. A partir do final de década de 1960 desenvolve trabalho intenso na imprensa, principalmente enquanto cronista, no "Diário de Notícias" ou "Diário de Lisboa", n’"A Capital", no "Jornal do Fundão" ou na revista "Arquitectura".

Em 1975, em pleno PREC, torna-se director-adjunto do "Diário de Notícias". Esta função representaria o auge do seu percurso jornalístico e, paradoxalmente, seria fundamental para o seu regresso à literatura e ao romance, o género em que se notabilizaria definitivamente. A sua direcção-adjunta seria marcada pelo polémico saneamento de jornalistas que se opunham à linha ideológica do jornal. Demitido no 25 de Novembro, acusado de aproveitar a sua posição para impor no diário os desejos políticos do PCP, toma uma decisão que transformaria a sua vida. Não mais se empregaria. A partir de então, seria um escritor a tempo inteiro.

“Manual de Pintura e Caligrafia”, três décadas depois de “Terras do Pecado”, foi a primeira obra de José Saramago após se dedicar em exclusivo à escrita. Com os livros seguintes, “Levantado do Chão” (1980), “Memorial do Convento” (1982) e "O Ano da Morte de Ricardo Reis", torna-se escritor respeitado pela crítica e conhecido pelo público. É neles que define o seu estilo enquanto romancista, marcado pelas longas frases, pela ausência de travessões indicativos de discurso e pela utilização inventiva da pontuação. Nos seus livros, personagens fictícias surgem em convívio com personalidades históricas, como no supracitado “Memorial do Convento” ou em “História do Cerco de Lisboa” (1989), e são criados cenários irreais para questionar e problematizar a actualidade, como em “A Jangada de Pedra” – em que a Península Ibérica se separa do continente europeu, errando pelo Atlântico.

Quando, em 1991, lançou para as livrarias o seu Cristo humanizado de “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago esperaria certamente a contestação dos sectores católicos da sociedade portuguesa. Não esperaria o aconteceu para além disso. O veto oficial do romance ao Prémio Literário Europeu, pela voz do então Sub-secretário de Estado da Cultura Sousa Lara, do governo liderado por Cavaco Silva, precipitou a sua saída de Portugal. Em 1993, auto-exilou-se na ilha de Lanzarote, nas Canárias, com Pilar del Rio, a jornalista espanhola com quem casara em 1988.

As primeiras obras em Lanzarote seriam “Ensaio Sobre a Cegueira” (1995), ficção apocalíptica que o realizador Fernando Meirelles adaptaria ao cinema treze anos depois, e “Todos os Nomes” (1997). Um ano depois, seria alvo da maior distinção da sua carreira. A 9 de Outubro de 1998, José Saramago foi anunciado vencedor do Prémio Nobel da Literatura, o primeiro atribuído a um escritor português. Seria o impulso decisivo para a sua ascensão a figura literária global e o premiar de uma obra que se dedicou a explorar e questionar a natureza humana de diversos ângulos e em diversos cenários. Em 2002, em entrevista ao diário britânico Guardian, confessava, "provavelmente sou um ensaísta que, como não sabe escrever ensaios, escreve romances." Não só, para além dos romances e da poesia, deixa obra enquanto dramaturgo, assinando as peças teatrais "Que Farei Com Este Livro" ou "In Nomine Dei".

Saramago, que o influente crítico literário norte-americano Harold Bloom considerava o mais talentoso romancista vivo, manteria nos anos seguintes uma cadência editorial regular. “A Caverna” (2000), “O Homem Duplicado” (2002), “As Intermitências da Morte” (2005) e “A Viagem do Elefante” (2008) foram lançados enquanto o escritor se assumia também enquanto voz interventiva, muitas vezes polémica, no espaço mediático mundial. Converteu-se inclusivamente à blogosfera em 2008, aos 86 anos (blog.josesaramago.org), de onde lançou por exemplo repetidos ataques a Silvio Berlusconi, o primeiro-ministro italiano que classificou de "vírus". Nada de novo num homem que apreciava a discussão, que erguia alto a voz na defesa das suas ideias. Anos antes do episódio Berlusconi, denunciara aquela que considerava ser a política criminosa do Estado Israelita relativamente à Palestina, acusando Israel de “não ter aprendido nada com o Holocausto”, classificara a globalização como “o novo totalitarismo” e surpreendera os camaradas de partido ao não alinhar no apoio aos dirigentes cubanos que condenaram à morte três responsáveis pelo desvio de um "ferry". Em Portugal, o iberista convicto polemizou ao declarar que Portugal e Espanha estariam destinados a fundir-se num único país.

“Caim” (2009), o seu último romance, acompanhado das declarações feitas aquando do seu lançamento, em que classificou a Bíblia como “um manual de maus costumes”, foi a derradeira polémica (e provocação) de Saramago.

18.06.2010 - 13:03 Por Luís Miguel Queirós, Mário Lopes
http://www.publico.pt/Cultura/

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Conselho Municipal de Cultura se reunirá na próxima quarta-feira

Atenção nossos senhores Conselheiros: Está confirmada a próxima reunião do conselho para dia 09 de junho de 2010 no Centro de Politicas Públicas a partir da 17:30 horas. A informação é do presidente do conselho JOSELITO GARRIDO FERNANDES.

Na Pauta com certeza estará a discussão e a conclusão do REGIMENTO INTERNO.

Alexandres Gregório e Formiga, Berg Almeida, Kaline, Professor Francimar, Augusto Ferraz, Paulo Pereira, Ivan Rosendo, Debora, Laércio Ferreira... Pelo amor do Cristo não faltem e nem esqueçam de dar uma lida prévia na proposta do Regimento para que este primeiro trabalho do Conselho finalmente seja concluido.

domingo, 23 de maio de 2010

Radialista realiza palestra no Centro Cultural em Sousa

Com o teatro do Centro Cultural BNB de Sousa completamente lotado de estudantes, professores de literatura, diretores de escolas e pessoas em geral, foi realizado o Programa Literatura em Revista promovido pelo Centro Cultural Banco do Nordeste com a Palestra “Os cinco Paraibanos na literatura brasileira” ministrada pelo Acadêmico de Direito, poeta e Radialista Jackson Queiroga.

A palestra tinha como objetivo principal o resgate da memória cultural paraibana através das obras dos autores José Américo, Paulo Pontes, Augusto dos Anjos, José Lins do Rego e Ariano Suassuna. Esses autores de tanta importância no cenário literário nacional e até mundial, muitas vezes são esquecidos no seu próprio Estado, restando a nós lutar contra essa “amnésia cultural” fazendo ressurgir suas biografias e a importância literária e social de suas obras que contam de forma artística e até documental a situação dessa região em diversas fazes da nossa história local e nacional.

O Coordenador do Programa Literatura em Revista do CCBNB é o Sérgio Silveira, importante militante da cultura de Sousa sendo sempre um fomentador e entusiasta da cultura sertaneja. A palestra teve como produtora Joelma Elvídio que com seu trabalho valoroso contribuiu para o total sucesso do evento.

PALOMA SANTOS

fonte:http://www.folhadosertao.com.br/2009/temp_editorial.php?mostrar=noticiacompleta&id=3fcebb7d0e

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Finalmente FENART divulga sua agenda para Literatura.

Demorou mas chegou! Finalmente foi publicada a lista de eventos para a área de literatura.
E, além dos estrangeiros Zuenir Ventura e Nelson Mota, tem muita coisa boa para nós paraibanos;
Debrucemo-nos.

Dia 23 :: Domingo
Literatura

18h00 – Praça do Povo

Abertura - Feira de livros

18h00 – Mezanino 1

Abertura - Exposição de Xilogravura em Cordel (Marcelo Alves – PE)


Dia 24 :: Segunda-feira
Literatura

09h00 – Auditório 5 – José Siqueira

Oficina Teórico-Prática de Cotação de História (Valeska Picado – PB)

14h00 – Auditório 5

Palestra: Literatura e Música (Silvério Pessoa – PE)

18h30 – Auditório 5

Lançamento dos livros:

"Pero de Magalhães de Gândavo", de Guilherme Gomes da Silveira d’Avila Lins. PB

"Conversando sobre Augusto dos Anjos: Uma História Oral", Neide Medeiros Santos, Ana Izabel de Souza Leão Andrade e Maria do Socorro Aragão - PB

“José Américo de Almeida: A Saga De Uma Vida", de Joacil de Brito Pereira - PB

16h00 – Praça do povo

Feira de Livros

16h00 – Mezanino 1

Exposição de xilogravura em Cordel - Marcelo Alves - PE

16h00 – Sub-mezanino 2

Exposição de Sivuca


Dia 25 :: Terça-feira
Literatura

09h00 - Auditório 5 José Siqueira

Oficina Teórico-prática de Cotação de História (Valeska Picado-PB)

18h30 - Auditório 5

Lançamento de Livros:

“Santa Rosa: Um Teatro Centenário”, de Fátima Araújo

“Esplendor & Tragédia”, de Biu Ramos

Praça do povo

16h00 – Praça do povo

Feira de Livros

16h00 - Mezanino 1

Exposição de xilogravura em Cordel (Marcelo Alves –PE)

16h00 - Submezanino 2

Exposição de Sivuca


Dia 26 :: Quarta-feira
Literatura

09h00 – Auditório 5 José Siqueira

Oficina Aprendendo a escrever Cordel ( Clotilde Tavares - PB/RN)

16h00 – Auditório 5

Palestra O escritor e a internet (Clotilde Tavares-RN)

18h30 – Auditório 5 Lançamento de Livros:

“Wills Leal: O Topógrafo dos Territórios Simbólicos”, de Hildeberto Barbosa Filho

“Cinquenta Carnavais”, de Fernando Moura

“O Ofício de Engordar as Sombras”, de Bruno Gaudêncio

16h00 - Praça do povo

Feira de Livros

16h00 - Mezanino 1

Exposição de xilogravura em Cordel (Marcelo Alves –PE)

16h00 - Submezanino 2

Exposição de Sivuca


Dia 27 :: Quinta-feira

Literatura

Auditório 5 – José Siqueira

09h00 – Auditório 5 – José Siqueira

Oficina Aprendendo a escrever Cordel (Clotilde Tavares – RN)

16h – Auditório 5

Palestra A Literatura Eletrônica e a Biblioteca de Papel (Bráulio Tavares-PB/RJ)

18h30 – Auditório 5

Lançamento de Livros:

“Da Resistência ao Poder: O (P)MDB na Paraíba”, de José Otávio de Arruda Melo

“Entre-nós”, de Regina Lyra

“Seis Breves Histórias e Escritos no Ônibus”, de Archidy Picado Filho e Jairo Cesar

16h00 – Praça do povo

Feira de Livros

16h00 – Mezanino 1

Exposição de xilogravura em Cordel (Marcelo Alves –PE)

16h00 – Submezanino 2

Exposição de Sivuca


Dia 28 :: Sexta-feira

Literatura

09h - Auditório 5 José Siqueira

Oficina Aprendendo a escrever Cordel (Clotilde Tavares - PB/RN)

16h - Praça do Povo

Feira de Livros

16h00 - Mezanino 1

Exposição de xilogravura em Cordel (Marcelo Alves –PE)

16h00 - Submezanino 2

Exposição de Sivuca

20h00 - Auditório Verde

Lançamento de livros:

Nelson Motta - "Força Estranha"

Claudia Alencar - "Sutil Felicidade"


Dia 29 :: Sábado

Literatura

14h00 - Auditório Verde

Cena Contemporânea: Zuenir Ventura, Marcela Sitônio, Jô Mazarollo, Gonzaga Rodrigues. Tema da mesa: O jornalismo dos Primeiros 10 anos do século 21 (2000-2010).

18h00 - Auditório Verde

Lançamento do livro:

"Conversa Sobre o Tempo", de Zuenir Ventura (com a presença do autor).

16h00 - Mezanino 1

Exposição de xilogravura em Cordel (Marcelo Alves –PE)
16h00 – Sub-mezanino 2

Exposição de Sivuca
16h00 - Praça do Povo

Feira de Livros
17h00 - Praça do Povo

Sarau Poético:

Antônio Mariano, Sergio Castro Pinto, Oliveira De Panelas e Marco Di Orélio.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Você conhece alguma obra de Sales Gaudêncio, um dos mais novos 'imortais' da Academia Paraibana de Letras

O secretário de Estado da Educação, Francisco de Sales Gaudêncio, é o mais novo imortal da Academia Paraibana de Letras - APL, ocupando a cadeira de nº 18.

A eleição, que transcorreu nesta quinta-feira pela manhã na sede da instituição em um peito tranqüilo, contou com a participação de 32 (trinta e dois) votantes, sendo 28 em favor do Secretário e 4 em favor do seu concorrente, o presidente da Academia de Letras de Campina Grande, Ailton Elisiário de Sousa.

A vaga da cadeira nº 18, cujo patrono é Irineu Ceciliano Pereira Joffily, foi deixada com o falecimento de Luiz Hugo Guimarães. O presidente da APL, Juarez Farias, descreveu o pleito como um momento de confraternização entre os imortais, destacando o novo integrante da academia com o uma pessoa que tem forte participação na cultura da Paraíba.

“O pleito foi tão tranqüilo que parecia mais uma reunião de velhos e unidos amigos em confraternização e foi uma justa eleição, pelos serviços que Sales Gaudêncio tem feito pela cultura da Paraíba”, disse.

Emocionado com o resultado, Sales Gaudêncio falou sobre os seus projetos na academia, informando que vai se associar junto aos demais acadêmicos. “Eu vou me associar aos demais acadêmicos no sentido de que a minha contribuição possa colaborar com o crescimento e desenvolvimento das atividades culturais, tanto da instituição, como das demais atividades culturais da Paraíba. Eu sempre tive uma simpatia pela cadeira nº 18 da APL, em primeiro lugar porque eu tinha amizade e admiração pelo seu último ocupante Luiz Hugo Guimarães, despertando o meu interesse em me candidatar para preservar a sua memória e dos demais antecessores”, informou.

Pelo histórico da APL Sales Gaudêncio é o imortal mais jovem a ocupar a cadeira de nº 18. Segundo consta, os antecessores foram pessoa de maior idade, a exemplo de Cláudio Santa Cruz Costa, Epamimondas Câmara e Luiz Hugo Guimarães.

A Academia Paraibana de Letras foi fundada em 14 de setembro de 1941. Inicialmente, a APL contou com 11 cadeiras, número, depois, aumentado para 30. No ano de 1959, com a reforma dos estatutos criaram-se mais 10, fixando-se, oficialmente, em 40.

Brasileiro lê um livro por ano, revela pesquisa

Um levantamento do Instituto Pró-Livro confirma que o brasileiro lê pouco. São 77 milhões de não leitores, dos quais 21 milhões são analfabetos. Já os leitores, que somam 95 milhões, leem, em média, 1,3 livro por ano. Incluídas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para 4,7 – ainda assim baixo. Os dados estão na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios de todos os estados em 2007.

“O livro é pouco presente no imaginário do brasileiro”, explica o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a população lê, em média, 11 livros por ano. Já os franceses leem sete livros por ano, enquanto na Colômbia, a média é de 2,4 livros por ano. Os dados, de 2005, são da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que integram o Instituto Pró-Livro.

Detalhes dos hábitos do brasileiro relacionados ao livro, revelados na pesquisa, atestam esta afirmação. O levantamento considera como não leitores aqueles que declararam não ter lido nenhum livro nos últimos três meses, ainda que tenha lido ocasionalmente ou em outros meses do ano.

Entre os leitores, 41% disseram que gostam muito de ler no tempo livre, enquanto 13% admitiram que não gostam. Também entre os 95 milhões de leitores brasileiros, 75% disseram que sentem prazer ao ler um livro, mas 22% sustentaram que leem apenas por obrigação.

Com as estatísticas nas mãos, Fabiano dos Santos diz que há dois caminhos a percorrer para fazer do Brasil um país de leitores: ampliar o acesso ao livro e investir na formação de leitores.

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil sugere que a maior influência para a formação do hábito da leitura vem dos pais, o que explica o fato de que 63% dos não leitores informaram nunca terem visto os pais lendo.

Por outro lado, o levantamento sugere que o hábito de ler é consolidado na escola e quanto maior o nível de escolaridade, maior o tempo dedicado à leitura. Entre os entrevistados com ensino superior, há apenas 2% de não leitores e 20% disseram que dedicam entre quatro e dez horas por semana aos livros. Este índice cai para 12% entre estudantes do ensino médio.

“É em casa e na escola, que os leitores são formados. Depois dos pais, os professores são os maiores incentivadores, mas poucos têm a experiência da leitura. E, neste caso, fazer do aluno um leitor é uma mágica”, diz o diretor do Livro do Ministério da Cultura.

O professor de Literatura Dilvanio Albuquerque considera que o desinteresse do brasileiro pelos livros não pode ser atribuído apenas à família e à escola. “O problema é mais amplo. Não podemos falar que a culpa é da instituição, seja ela familiar ou escolar, porque, na verdade, o problema é cultural”.

Para o professor, até entre os universitários, o hábito da leitura não é comum, inclusive nos cursos em que o contato com a escrita é fundamental. “Normalmente a universidade não oferece um bom acervo. Moramos em um país em que os livros são caros e de difícil acesso”, disse.

Da Agência Brasil

Lindolfo parabeniza poeta patoense e criação da biblioteca que viabiliza publicação de livros de novos escritores em Patos

Novos escritores e autores que se encontram fora do mercado e que são de relevância para a literatura paraibana terão oportunidade de publicar seus livros, com a implantação da ‘Biblioteca Patoense’, no município de Patos, localizado na região do Alto Sertão da Paraíba.

Um dos responsáveis pela criação da ‘Biblioteca Patoense’ é o poeta, teatrólogo, escritor e historiador José Mota Victor, que esta semana foi homenageado pelo deputado estadual Lindolfo Pires (DEM), ao encaminhar à mesa diretora da Assembléia Legislativa da Paraíba (ALPB) um requerimento de ‘Voto de Aplausos’.

“O município de Patos está de parabéns pela excelente idéia da implantação dessa biblioteca, que, sem dúvidas, é um marco para a cultura de toda aquela região”, ressalta Lindolfo, que estendeu o ‘Voto de Aplausos’ à Câmara Municipal de Patos e a todas as instituições responsáveis pela ‘Biblioteca Patoense’.

José Mota Victor nasceu em 1958 na cidade de Patos, tendo sido premiado em 1978 com a peça ‘A Cruz da Menina’, no ‘IV Concurso Nacional Universitário de Peças Teatrais’, promovido pelo Serviço Nacional de Teatro no Rio de Janeiro. Em 1985, foi premiado no ‘Concurso Nacional Literário do IV Centenário da Paraíba’, com a peça ‘Confeitaria Glória’.

Com mais de sete livros publicados, José Mota também trabalhou como engenheiro civil, dando assessoria ao Departamento de Estrada e Rodagem (DER) e gerenciou a Regional da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) durante 16 anos. Em 2004 foi eleito vereador de Patos e reeleito em 2008, obtendo a segunda maior votação do município.

“José Mota é peça fundamental na criação dessa biblioteca”, lembra o deputado Lindolfo, completando: “Não faltou apoio e união da população de Patos a esse intelectual para a criação da biblioteca, cuja comissão responsável pela publicação dos livros é formada pelos representantes do Instituto Histórico e Geográfico de Patos, da Academia Patoense de Letras e Artes, da Fundação Ernani Sátyro, da Fundação Educativa Cultural Miguel Mota, da 6ª Região de Ensino, do Conselho Estadual de Cultura e da Secretaria Executiva e Cultura da Cidade Patos”.

Em menos de um ano da sua criação, a ‘Biblioteca Patoense’ já publicou três livros de relevância para o estado e região.

Ascom da Assembléia Legislativa

Ariano Suassuna e Movimento Armorial são tendenciosos e voltados à interesses de oligarquias

Esta é a opinião divulgada pelo professor da UERN José Romero Araújo Cardoso no site folha do sertao.com.br(na coluna ESPAÇO LIVRE de 18/05/2010)onde afirma que "a essência do movimento armorial capitaneado pela produção literária de Ariano Suassuna é tendenciosa, parcial e voltada para a justificativa de interesses de classes, dos valores das oligarquias das quais faz parte, fomentando alienação em razão de mostrar-se nitidamente articulada aos projetos históricos elaborados pelos donos do poder na hinterlândia".

Leia na integra no link: http://www.folhadosertao.com.br/2009/temp_colunistas.php?mostrar=noticiacompleta&id=25ab470054

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Conselho sem conselheiros

Quero através deste canal chamar atenção dos envolvidos com movimento cultural sousense.
Foram eleitos para compor o conselho municipal de cultural vários representantes da música, do teatro, dos literatura entre outras áreas de manifestações artisticas sousenses.

Esses representantes assumiram, quando botaram o nome a disposição, um compromisso de discutir, deliberar, sugerir e votar propostas e politicas voltadas para que a carencia de politicas publicas seja combatida...

No entanto, ontem, quando da reunião desse conselho apenas estavam presentes os senhores Zelito Garrido,Paulo Pereira,Ivan Rosendo, Sérgio Silveira,Laercio Ferreira e a senhorita Edna.



Veja ainda que faltaram representantes da Câmara Municipal(ai já não é novidade!)e pior, tava faltando representantes dos artistas... Os faltosos de ontem Alexandre Gregório(música) e Alexandre Formiga/Augusto Ferraz(teatro).

Eram tão poucos os presentes não tinha quórum mínimo nem para votar a reforma do regimento interno...que era pra gente ter em mãos desde o ano passado...Mesmo assim, os que se reuniram fizeram uma leitura do texto que tá sendo reformado com base na lei 067 que revogou a sua anterior, 063, a conhecida lei de criação do conselho municipal de cultura de 25/11/2009.

Atentai-vos camaradas...tá todo mundo perdendo tempo... num tempo em que temos um prefeito poeta.

Não vão dormir no ponto!

Zé Lins – O Pássaro Poeta’ é apresentado em Minas Gerais

Foram só dois anos: de 1925 a 1926, que o escritor paraibano José Lins do Rego morou na cidade de Manhuaçu, no interior de Minas Gerais."Mas a cidade não o esqueceu'. Quem garante - e esteve lá para conferir isso - foi a encenadora Valeska Picado. Ela esteve na cidade mineira cumprindo parte de um projeto de circulação do seu espetáculo Zé Lins - O Pássaro Poeta. A peça foi aprovada pelo edital do BNB e contemplado pelo prêmio Myriam Muniz, da Funarte.

As próximas cidades visitadas serão Pilar; Itabaiana, João Pessoa, Recife, Maceió e Rio de Janeiro, todas as cidades em que Zé Lins morou. O espetáculo é baseado no livro O Menino que virou escritor, de autoria da escritora Ana Maria Machado. No elenco, David. Muniz, Naná Viana e a própria diretora, Valeska Picado. "Foi uma emoção tremenda em Manhuaçu”, recorda Valeska. “Academia de Letras de lá tem Zé Lins como patrono. Fomos recebidos pelo prefeito”. A diretora saiu de lá com uma conclusão. “As pessoas de lá conhecem mais profundamente a obra de Zé Lins do que as daqui", opina. "Foi até bom, serviu de estímulo até para mim, para eu conhecer mais da obra dele".

O encerramento da turnê será no Rio de janeiro. O sonho da trupe é apresentar-se na Academia Brasileira de Letras. "Vamos pedir a Ariano Suassuna, que é acadêmico, para que interceda'.A diretora conta,porém, que pela estrutura do espetáculo podem se apresentar até na rua sem qualquer prejuízo.

Jornal da Paraíba
Vida e Arte, 12 de maio de 2010.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

APARTE: Conselho Municipal de Cultura se reunirá hoje. Amanhã será a vez do MINC

APARTE CULTURAL: Será nesta quarta-feira, a partir das 17:30 horas. Los conselheiros do nosso bom e velho movimento cultural sousense, sob a presidencia de Joselito Garrido, estarão se sentando para falar sobre as idas e vindas da cultura sousense. Será que tá perto de falarem a palavra mágica E D I T A L... pausa para o almoço...

MAIS UM APARTE: Amanhã, a partir das 9:00horas da matina, a representante regional Nordeste do Ministério da Cultura, Tarciana Portela, estará se reunindo com artistas, produtores e afins no Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa. Tem muito camarada chorando com raiva da demora do repasse de recursos do MAIS CULTURA...Amanhã é o dia de por o prato na mesa...Erguei as mãos e dai glória...amanhã...

terça-feira, 11 de maio de 2010

1 ° ENCONTRO PARAIBANO DO LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECA

CONVITE Para o Povo do Livro:

Com o tema: Acesso ao Livro e a Leitura: Política Pública de Estado, o evento tem por objetivo Congregar os agentes culturais da cadeia produtiva, criativa e mediadora da leitura do Estado da Paraíba para promover a elaboração de uma estrutura de gestão e implementação do Plano Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca(PELL-PB)

O Plano Estadual do Livro e Leitura — PELL — é um conjunto de políticas e projetos que irão desencadear em programas, atividades e eventos na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas a ser desenvolvido pelo Estado da Paraíba.

A prioridade desse plano é modificar a realidade da leitura no nosso Estado.

Data : 23 de maio de 2010

Local: Espaço Cultural de José Lins do Rego

Público alvo: Pessoas envolvidas na cadeia produtiva do livro e material de leitura, Autores, Editores e Livreiros; Pessoas envolvidas com a mediação da leitura, Bibliotecários, Pedagogos, profissionais de letras e literatura. Instituições como Universidades, Bibliotecas, Centros de Estudo e Pesquisas, Entidades representativas como Conselhos, Associações e ONGS.

Inscrições: de 03 a 15 de maio

Façam suas inscrições on line no endereço:http://www.cultura.pb.gov.br/
Subsecretaria de Cultura da Paraíba, FLITECA e APBPB

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Machado de Assis em Sousa


O Bruxo do Cosme Velho, Machado de Assis, terá um de seus contos como motivo principal do próximo encontro dos participantes do Clube do Leitor, que acontecerá na tarde do último sábado do mês de maio vindouro. Estamos disponibilizando o texto para possibilitar essa leitura prévia e assim, a conversa tomar rumos cada vez mais machadianos. Recebam esse texto como convite para o nosso encontro no CCBNB. Bom deleite!

Segue o conto na íntegra:

A IGREJA DO DIABO - Machado de Assis

CAPÍTULO I

DE UMA IDÉIA MIRÍFICA

Conta um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em certo dia, teve a idéia de fundar uma igreja. Embora os seus lucros fossem contínuos e grandes, sentia-se humilhado com o papel avulso que exercia desde séculos, sem organização, sem regras, sem cânones, sem ritual, sem nada. Vivia, por assim dizer, dos remanescentes divinos, dos descuidos e obséquios humanos. Nada fixo, nada regular. Por que não teria ele a sua igreja? Uma igreja do Diabo era o meio eficaz de combater as outras religiões, e destruí-las de uma vez.
- Vá, pois, uma igreja, concluiu ele. Escritura contra Escritura, breviário contra breviário. Terei a minha missa, com vinho e pão à farta, as minhas prédicas, bulas, novenas e todo o demais aparelho eclesiástico. O meu credo será o núcleo universal dos espíritos, a minha igreja uma tenda de Abraão. E depois, enquanto as outras religiões se combatem e se dividem, a minha igreja será única; não acharei diante de mim, nem Maomé, nem Lutero. Há muitos modos de afirmar; há só um de negar tudo.
Dizendo isto, o Diabo sacudiu a cabeça e estendeu os braços, com um gesto magnífico e varonil. Em seguida, lembrou-se de ir ter com Deus para comunicar-lhe a idéia, e desafiá-lo; levantou os olhos, acesos de ódio, ásperos de vingança, e disse consigo: - Vamos, é tempo. E rápido, batendo as asas, com tal estrondo que abalou todas as províncias do abismo, arrancou da sombra para o infinito azul.

II
ENTRE DEUS E O DIABO

Deus recolhia um ancião, quando o Diabo chegou ao céu. Os serafins que engrinaldavam o recém-chegado, detiveram-no logo, e o Diabo deixou-se estar à entrada com os olhos no Senhor.
- Que me queres tu? perguntou este.
- Não venho pelo vosso servo Fausto, respondeu o Diabo rindo, mas por todos os Faustos do século e dos séculos.
- Explica-te.
- Senhor, a explicação é fácil; mas permiti que vos diga: recolhei primeiro esse bom velho; dai-lhe o melhor lugar, mandai que as mais afinadas cítaras e alaúdes o recebam com os mais divinos coros...
- Sabes o que ele fez? perguntou o Senhor, com os olhos cheios de doçura.
- Não, mas provavelmente é dos últimos que virão ter convosco. Não tarda muito que o céu fique semelhante a uma casa vazia, por causa do preço, que é alto. Vou edificar uma hospedaria barata; em duas palavras, vou fundar uma igreja. Estou cansado da minha desorganização, do meu reinado casual e adventício. É tempo de obter a vitória final e completa. E então vim dizer-vos isto, com lealdade, para que me não acuseis de dissimulação... Boa idéia, não vos parece?
- Vieste dizê-la, não legitimá-la, advertiu o Senhor,
- Tendes razão, acudiu o Diabo; mas o amor-próprio gosta de ouvir o aplauso dos mestres. Verdade é que neste caso seria o aplauso de um mestre vencido, e uma tal exigência... Senhor, desço à terra; vou lançar a minha pedra fundamental.
- Vai
- Quereis que venha anunciar-vos o remate da obra?
- Não é preciso; basta que me digas desde já por que motivo, cansado há tanto da tua desorganização, só agora pensaste em fundar uma igreja?
O Diabo sorriu com certo ar de escárnio e triunfo. Tinha alguma idéia cruel no espírito, algum reparo picante no alforje da memória, qualquer coisa que, nesse breve instante da eternidade, o fazia crer superior ao próprio Deus. Mas recolheu o riso, e disse:
- Só agora concluí uma observação, começada desde alguns séculos, e é que as virtudes, filhas do céu, são em grande número comparáveis a rainhas, cujo manto de veludo rematasse em franjas de algodão. Ora, eu proponho-me a puxá-las por essa franja, e trazê- las todas para minha igreja; atrás delas virão as de seda pura...
- Velho retórico! murmurou o Senhor.
- Olhai bem. Muitos corpos que ajoelham aos vossos pés, nos templos do mundo, trazem as anquinhas da sala e da rua, os rostos tingem-se do mesmo pó, os lenços cheiram aos mesmos cheiros, as pupilas centelham de curiosidade e devoção entre o livro santo e o bigode do pecado. Vede o ardor, - a indiferença, ao menos, - com que esse cavalheiro põe em letras públicas os benefícios que liberalmente espalha, - ou sejam roupas ou botas, ou moedas, ou quaisquer dessas matérias necessárias à vida... Mas não quero parecer que me detenho em coisas miúdas; não falo, por exemplo, da placidez com que este juiz de irmandade, nas procissões, carrega piedosamente ao peito o vosso amor e uma comenda... Vou a negócios mais altos...
Nisto os serafins agitaram as asas pesadas de fastio e sono. Miguel e Gabriel fitaram no Senhor um olhar de súplica, Deus interrompeu o Diabo.
- Tu és vulgar, que é o pior que pode acontecer a um espírito da tua espécie, replicou-lhe o Senhor. Tudo o que dizes ou digas está dito e redito pelos moralistas do mundo. É assunto gasto; e se não tens força, nem originalidade para renovar um assunto gasto, melhor é que te cales e te retires. Olha; todas as minhas legiões mostram no rosto os sinais vivos do tédio que lhes dás. Esse mesmo ancião parece enjoado; e sabes tu o que ele fez?
- Já vos disse que não.
- Depois de uma vida honesta, teve uma morte sublime. Colhido em um naufrágio, ia salvar-se numa tábua; mas viu um casal de noivos, na flor da vida, que se debatiam já com a morte; deu-lhes a tábua de salvação e mergulhou na eternidade. Nenhum público: a água e o céu por cima. Onde achas aí a franja de algodão?
- Senhor, eu sou, como sabeis, o espírito que nega.
- Negas esta morte?
- Nego tudo. A misantropia pode tomar aspecto de caridade; deixar a vida aos outros, para um misantropo, é realmente aborrecê-los...
- Retórico e sutil! exclamou o Senhor. Vai; vai, funda a tua igreja; chama todas as virtudes, recolhe todas as franjas, convoca todos os homens... Mas, vai! vai!
Debalde o Diabo tentou proferir alguma coisa mais. Deus impusera-lhe silêncio; os serafins, a um sinal divino, encheram o céu com as harmonias de seus cânticos. O Diabo sentiu, de repente, que se achava no ar; dobrou as asas, e, como um raio, caiu na terra.


Ill
A BOA NOVA AOS HOMENS

Uma vez na terra, o Diabo não perdeu um minuto. Deu-se pressa em enfiar a cogula beneditina, como hábito de boa fama, e entrou a espalhar uma doutrina nova e extraordinária, com uma voz que reboava nas entranhas do século. Ele prometia aos seus discípulos e fiéis as delícias da terra, todas as glórias, os deleites mais íntimos. Confessava que era o Diabo; mas confessava-o para retificar a noção que os homens tinham dele e desmentir as histórias que a seu respeito contavam as velhas beatas.
- Sim, sou o Diabo, repetia ele; não o Diabo das noites sulfúreas, dos contos soníferos, terror das crianças, mas o Diabo verdadeiro e único, o próprio gênio da natureza, a que se deu aquele nome para arredá-lo do coração dos homens. Vede-me gentil a airoso. Sou o vosso verdadeiro pai. Vamos lá: tomai daquele nome, inventado para meu desdouro, fazei dele um troféu e um lábaro, e eu vos darei tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo...
Era assim que falava, a princípio, para excitar o entusiasmo, espertar os indiferentes, congregar, em suma, as multidões ao pé de si. E elas vieram; e logo que vieram, o Diabo passou a definir a doutrina. A doutrina era a que podia ser na boca de um espírito de negação. Isso quanto à substância, porque, acerca da forma, era umas vezes sutil, outras cínica e deslavada.
Clamava ele que as virtudes aceitas deviam ser substituídas por outras, que eram as naturais e legítimas. A soberba, a luxúria, a preguiça foram reabilitadas, e assim também a avareza, que declarou não ser mais do que a mãe da economia, com a diferença que a mãe era robusta, e a filha uma esgalgada. A ira tinha a melhor defesa na existência de Homero; sem o furor de Aquiles, não haveria a Ilíada: "Musa, canta a cólera de Aquiles, filho de Peleu"... O mesmo disse da gula, que produziu as melhores páginas de Rabelais, e muitos bons versos do Hissope; virtude tão superior, que ninguém se lembra das batalhas de Luculo, mas das suas ceias; foi a gula que realmente o fez imortal. Mas, ainda pondo de lado essas razões de ordem literária ou histórica, para só mostrar o valor intrínseco daquela virtude, quem negaria que era muito melhor sentir na boca e no ventre os bons manjares, em grande cópia, do que os maus bocados, ou a saliva do jejum? Pela sua parte o Diabo prometia substituir a vinha do Senhor, expressão metafórica, pela vinha do Diabo, locução direta e verdadeira, pois não faltaria nunca aos seus com o fruto das mais belas cepas do mundo. Quanto à inveja, pregou friamente que era a virtude principal, origem de prosperidades infinitas; virtude preciosa, que chegava a suprir todas as outras, e ao próprio talento.
As turbas corriam atrás dele entusiasmadas. O Diabo incutia-lhes, a grandes golpes de eloqüência, toda a nova ordem de coisas, trocando a noção delas, fazendo amar as perversas e detestar as sãs.
Nada mais curioso, por exemplo, do que a definição que ele dava da fraude. Chamava-lhe o braço esquerdo do homem; o braço direito era a força; e concluía: muitos homens são canhotos, eis tudo. Ora, ele não exigia que todos fossem canhotos; não era exclusivista. Que uns fossem canhotos, outros destros; aceitava a todos, menos os que não fossem nada. A demonstração, porém, mais rigorosa e profunda, foi a da venalidade. Um casuísta do tempo chegou a confessar que era um monumento de lógica. A venalidade, disse o Diabo, era o exercício de um direito superior a todos os direitos. Se tu podes vender a tua casa, o teu boi, o teu sapato, o teu chapéu, coisas que são tuas por uma razão jurídica e legal, mas que, em todo caso, estão fora de ti, como é que não podes vender a tua opinião, o teu voto, a tua palavra, a tua fé, coisas que são mais do que tuas, porque são a tua própria consciência, isto é, tu mesmo? Negá-lo é cair no obscuro e no contraditório. Pois não há mulheres que vendem os cabelos? não pode um homem vender uma parte do seu sangue para transfundi-lo a outro homem anêmico? e o sangue e os cabelos, partes físicas, terão um privilégio que se nega ao caráter, à porção moral do homem? Demonstrando assim o princípio, o Diabo não se demorou em expor as vantagens de ordem temporal ou pecuniária; depois, mostrou ainda que, à vista do preconceito social, conviria dissimular o exercício de um direito tão legítimo, o que era exercer ao mesmo tempo a venalidade e a hipocrisia, isto é, merecer duplicadamente. E descia, e subia, examinava tudo, retificava tudo. Está claro que combateu o perdão das injúrias e outras máximas de brandura e cordialidade. Não proibiu formalmente a calúnia gratuita, mas induziu a exercê-la mediante retribuição, ou pecuniária, ou de outra espécie; nos casos, porém, em que ela fosse uma expansão imperiosa da força imaginativa, e nada mais, proibia receber nenhum salário, pois equivalia a fazer pagar a transpiração. Todas as formas de respeito foram condenadas por ele, como elementos possíveis de um certo decoro social e pessoal; salva, todavia, a única exceção do interesse. Mas essa mesma exceção foi logo eliminada, pela consideração de que o interesse, convertendo o respeito em simples adulação, era este o sentimento aplicado e não aquele.
Para rematar a obra, entendeu o Diabo que lhe cumpria cortar por toda a solidariedade humana. Com efeito, o amor do próximo era um obstáculo grave à nova instituição. Ele mostrou que essa regra era uma simples invenção de parasitas e negociantes insolváveis; não se devia dar ao próximo senão indiferença; em alguns casos, ódio ou desprezo. Chegou mesmo à demonstração de que a noção de próximo era errada, e citava esta frase de um padre de Nápoles, aquele fino e letrado Galiani, que escrevia a uma das marquesas do antigo regímen: "Leve a breca o próximo! Não há próximo!" A única hipótese em que ele permitia amar ao próximo era quando se tratasse de amar as damas alheias, porque essa espécie de amor tinha a particularidade de não ser outra coisa mais do que o amor do indivíduo a si mesmo. E como alguns discípulos achassem que uma tal explicação, por metafísica, escapava à compreensão das turbas, o Diabo recorreu a um apólogo: - Cem pessoas tomam ações de um banco, para as operações comuns; mas cada acionista não cuida realmente senão nos seus dividendos: é o que acontece aos adúlteros. Este apólogo foi incluído no livro da sabedoria.

IV
FRANJAS E FRANJAS

A previsão do Diabo verificou-se. Todas as virtudes cuja capa de veludo acabava em franja de algodão, uma vez puxadas pela franja, deitavam a capa às urtigas e vinham alistar-se na igreja nova. Atrás foram chegando as outras, e o tempo abençoou a instituição. A igreja fundara-se; a doutrina propagava-se; não havia uma região do globo que não a conhecesse, uma língua que não a traduzisse, uma raça que não a amasse. O Diabo alçou brados de triunfo.
Um dia, porém, longos anos depois, notou o Diabo que muitos dos seus fiéis, às escondidas, praticavam as antigas virtudes. Não as praticavam todas, nem integralmente, mas algumas, por partes, e, como digo, às ocultas. Certos glutões recolhiam-se a comer frugalmente três ou quatro vezes por ano, justamente em dias de preceito católico; muitos avaros davam esmolas, à noite, ou nas ruas mal povoadas; vários dilapidadores do erário restituíam-lhe pequenas quantias; os fraudulentos falavam, uma ou outra vez, com o coração nas mãos, mas com o mesmo rosto dissimulado, para fazer crer que estavam embaçando os outros.
A descoberta assombrou o Diabo. Meteu-se a conhecer mais diretamente o mal, e viu que lavrava muito. Alguns casos eram até incompreensíveis, como o de um droguista do Levante, que envenenara longamente uma geração inteira, e, com o produto das drogas socorria os filhos das vítimas. No Cairo achou um perfeito ladrão de camelos, que tapava a cara para ir às mesquitas. O Diabo deu com ele à entrada de uma, lançou-lhe em rosto o procedimento; ele negou, dizendo que ia ali roubar o camelo de um drogomano; roubou-o, com efeito, à vista do Diabo e foi dá-lo de presente a um muezim, que rezou por ele a Alá. O manuscrito beneditino cita muitas outra descobertas extraordinárias, entre elas esta, que desorientou completamente o Diabo. Um dos seus melhores apóstolos era um calabrês, varão de cinqüenta anos, insigne falsificador de documentos, que possuía uma bela casa na campanha romana, telas, estátuas, biblioteca, etc. Era a fraude em pessoa; chegava a meter-se na cama para não confessar que estava são. Pois esse homem, não só não furtava ao jogo, como ainda dava gratificações aos criados. Tendo angariado a amizade de um cônego, ia todas as semanas confessar-se com ele, numa capela solitária; e, conquanto não lhe desvendasse nenhuma das suas ações secretas, benzia-se duas vezes, ao ajoelhar-se, e ao levantar-se. O Diabo mal pôde crer tamanha aleivosia. Mas não havia duvidar; o caso era verdadeiro.
Não se deteve um instante. O pasmo não lhe deu tempo de refletir, comparar e concluir do espetáculo presente alguma coisa análoga ao passado. Voou de novo ao céu, trêmulo de raiva, ansioso de conhecer a causa secreta de tão singular fenômeno. Deus ouviu-o com infinita complacência; não o interrompeu, não o repreendeu, não triunfou, sequer, daquela agonia satânica. Pôs os olhos nele, e disse:
- Que queres tu, meu pobre Diabo? As capas de algodão têm agora franjas de seda, como as de veludo tiveram franjas de algodão. Que queres tu? É a eterna contradição humana.

***

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Classificação Geral do Festival e Agradecimentos

Amigos seguidores do blog, finalmente, depois de uma trabalheira imensa, conseguimos trazer para vocês todas as classificações do II Festival de Poesias Prêmio Patativa do Assaré. Essa foi a informação mais difícil de disponibilizar neste espaço... só quem tem alimentado blogs por aí, sabe quão grande é o esforço para transferir uma tabela excel para este tabuleiro de texto ...

Nessa última respiração, quero registrar meus agradecimentos às instituições parceiras: ao Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa (pela divulgação e toda a infra-estrutura climatizada, com equipamentos de som e luz disponibilizados, gratuitamente, inclua-se a disponibilidade de seus técnicos Rodrigo de Paula e Franciso Diassis que operaram os equipamentos) e a Prefeitura Municipal de Sousa (pelos substanciais R$2.900,00 de patrocínio, entregues ao presidente Zelito Garrido sem maiores empecilhos burocráticos).

Agradeço também aos amigos(Professor Caetano Lima, músicos da Banda Coiteiros e Valber Matos) pela disposição, sem qualquer pagamento de cachê, em enriquecer a noite de premiação.

Enfim, deixo aqui o meu agradecimento a todos os que incentivaram e possibilitaram a realização desta segunda edição... o meu grande OBRIGADO!

Aos poetas participantes, todos os aplausos em manter viva a chama da Poesia Sertaneja, Paraibana, NOrdestina, Brasileira e Universal. Este mundo caótico, poetas, continua precisando da sensibilidade de seus escritos. Grande abraço...Seu Sérgio.

ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO/ NOME POETA/
POEMAS

1º EDILBERTO ALVES ABRANTES
OH SOUSA!

2º JOELLY FERNANDES QUEIROZ
TANTA COISA

3º EDCARLOS GOMES SOBREIRA
MEUS VERSOS

4º EDILBERTO ALVES ABRANTES
ODE AO RIO
CARLOS ALBERTO B PEREIRA
O PERDÃO
MANOEL LEITE GARRIDO
QUER SABER O QUE É CACHAÇA...

6º LAERCIO FERREIRA DE O FILHO
CANTO NEGRO
MARCOS ANTONIO DA SILVA
TESTEMUNHO

7º JOSÉ ALEXANDRE NUNES DA COSTA
POEMA A TEIXEIRA
JOSÉ DE SOUSA BRITO FILHO
POEMA DE UMA INSPIRAÇÃO

8º JOSÉ LEONILSON FEITOSA
AOS POETAS SEVERINOS
ANDREIA MOTA
EVIDENCIAS

9º MANOEL CAVALCANTE DE S CASTRO
HÁ NA BELEZA DE TUDO, TODA...
MANOEL CAVALCANTE DE S CASTRO
INFANCIA SUICIDA
JOELLY FERNANDES QUEIROZ
PS YOU ARE NOT ALONE
JOSÉ ALEXANDRE NUNES DA COSTA
POEMA PARA MAMÃE

10º JOSÉ LEONILSON FEITOSA
AMOR SUBMISSO
EDILBERLANDE DENIZ
ICÓGNITA

11º ISMAEL OLIVEIRA ROCHA
DA-ME UMA CANÇÃO

12º OSNILDO SILVA DA SILVEIRA
BALAÚSTRE
LAERCIO FERREIRA DE O FILHO
CORAÇÃO DE PIÃO
LAURIVAL BATISTA
ENTRE O GOSTO E DESGOSTO
FRANCISCO DAS CHAGAS M OLIVEIRA
SINTO QUE ESTOU APAIXONADO
CECILIA ALVES MENDONÇA
TARDE 1
MARCOS ANTONIO DA SILVA
VISITA INDESEJAVEL
PEDRO CELESTINO QUEIROZ FILHO
MOTE

13º PEDRO CELESTINO DE QUEIROZ FILHO
VELHICE? EU SO TENHO IDADE

14º PAULO NUNES DA COSTA
FILHO PRODIGO
PAULO NUNES DA COSTA
MASCARAS
AGAR NUNES GUEDES
PROCISSÃO DA DOR

15º EDCARLOS GOMES SOBREIRA
ARTISTA OU PALHAÇO
JOSE FRANÇUELDO GOMES
HERANÇA DE VAQUEIRO
ISAC JORDÃO DE SOUSA ARAÚJO
QUEM EXPLICA
AGAR NUNES GUEDES
TRISTE VIVE QUEM NÃO VIVE...

16º OSNILDO SILVA DA SILVEIRA
EDILBERTO ABRANTES
NIOBEL FERNANDES PEREIRA
PATATIVA DO ASSARÉ

17º JOSE JOFRAN J DE CARVALHO
BALADA DO AMOR QUE ...
ROBSON RIBEIRO
LÁGRIMAS
JOSÉ PAULO FRANCELINO DE SOUSA
NOVENA

18º JAIME DAVID GUAYARA GUTIERREZ
POEMA PARA TI, AMOR
JUVEINO GALGA FERREIRA
QUEM?

19º CARLOS ALBERTO B PEREIRA
O QUADRO
ROBSON RIBEIRO
SEPARAÇÃO

20º NIOBEL FERNANDES PEREIRA
AO ENTARDECER
SUFIA DALTA NEVES
NOITE
FABIO TYRONE BRAGA DE OLIVIRA
TENHO MEDO

21º PRISCILA FERREIRA
DONO DA CULPA

22º JOSÉ PAULO FRANCELINO DE SOUSA
REUNIÃO DE FAMILIA

23º GETULIO SALVIANO LINS DE SÁ
BURACO
TINTO MARQUES
FILOSOFEMA

24º PAULO MUNIZ ALVES
BEIJOS
ISMAEL OLIVEIRA ROCHA
CAMINHOS
PAULO CESAR PEREIRA
HERANÇA
PAULO CESAR PEREIRA
SIMPLISMENTE AMOR!

25º PAULO MUNIZ ALVES
NOITE DE LUAR

26º ALFREDO DIAS
DANÇANDO SOZINHO
RAMOS DIAS DE MELO
MOMENTOS

27º ALFREDO DIAS
O PINTOR

28º VITOR CINTRA
TARDE 2

29º JULIO DIAS DEMELO
AMOR

30º PEDRO A BRUMOSA
TU ÉS

31º SOPHIA DE MELO BAYNER
SAUDADE

sábado, 24 de abril de 2010

Aberto o Clube do Leitor em Sousa


No auditório do Centro Cultural Banco do Nordeste Sousa foi iniciado, neste 24 de abril de 2010, um grupo de leitores cujo objetivo é apenas um: encontar pessoas interessadas em conversar, espontaneamente, sobre as leituras de cada participante do Clube do Leitor, como é chamada esta iniciativa que já vem acontecento tanto no CCBNB Fortaleza quanto no Cariri cearense.

Aqui em Sousa as conversas foram mediadas pela professora e especialista em Literatura Brasileira Fátima Sarmento. Professora conhecida no interior da Paraíba e em algumas cidades do Ceará pela sua paixão pela literatura, Fátima Sarmento tomou o cuidado de envolver e provocar todo o grupo nas discussões - independente de nível de leituras ou faixa etária, afastando-se o máximo dos formatos de sala de aula.

O grupo tinha três textos básicos, sugeridos pela professora, para abrir a discussão lembrando a força da palavra e do discurso comparando textos escritos e veiculados por padres portugueses na época dos 'descobrimentos' e textos escritos e veiculados por terroristas quando do 11 de setembro. Esta discussão acabou sucitando assuntos como: a infidelidade dos filmes aos livros nos quais se basearam; a massificação dos livros de auto-ajuda; o jogo de interesse nos discussos de tv e internet, etc.

A discussão acaba envolvendo também contextos históricos sobre os quais a obra ou os autores viveram. O encontro, portanto, torna-se convidativo aos amantes de História. A literatura, como toda arte, vai muito além da caneta de seu autor e os leitores desse clube vão descascando estes abacaxis a cada encontro.

O clube do leitor se reunirá sempre aos sábados no auditório do CCBNB Sousa. Qualquer amante da leitura sinta-se no direito de participar desse grupo.

Nossos parabéns aos 12 apóstolos da leitura desse primeiro encontro que envolveu frequentadores do CCBNB, bancário, estudantes de ensinos fundamental e médio, vestibulandos, universitários, eu - Sérgio Silveira e a poeta Porcina Furtado, além dos Césares Nóbregas da vida que não largam um livro nem pela cocada que se encontra em Aparecida.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

VIDA

Vida, tú não és minha amiga;
Quantos tapas desferidos em minha face?
Quantas vezes procurei por um disfarce
Para esconder essa ruga inimiga?

Só o tempo acompanha o meu calvário
e é o muro de minhas lamentações.
de tantos sofrimentos e decepções
com o passar dos anos, do calendário!

Não fostes generosa comigo, um
um minuto sequer e sem motivo algum
castigaste-me todos os dias vividos...

Embora lutando e buscando ser feliz
fizeste de mim apenas um aprendiz,
vítima de amores mal resolvidos!

Poesia do Poeta Edilberto Abrantes
inscrita no 1º Festival Patativa do Assaré.
Email: Edilbertopoeta@gmail.com

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O prêmio ficou na cidade sorriso


O primeiro lugar do prêmio Patativa do Assaré foi para o poeta, contista, cronista e músico sousense Edilberto Abrantes (foto) com a poesia "Oh Sousa!". A segunda colocação ficou com Joelly Fernandes Queiroz que inscreveu a poesia "Tanta Coisa". Já o Poeta da Dor, também sousense, Edicarlos Gomes Sobreira, ficou com a terceira posição com sua poesia "Meus Versos".

Seguem abaixo a poesia vencedora e a terceira colocada, na íntegra:

OH SOUSA!

Quereis que furte a mim mesmo
Em não confessar o amor
Que tenho por ti? Não é segredo,
Já o digo em meu suor.

Sempre peço por teus rios
Por teus filhos desnutridos
Teus amores concebidos
Nesse trem de gerações
Quanta vida em tuas praças

Tuas ruas
Sempre cheias de alegria
Tua história sem memória
Faz chorar velhas fotografias
Os casarões em ruínas
Do teu passado de glória

Oh Sousa em que te fias?
Nos teus olhos de menina
Centenária? Salve bela
Do barroco renascentista
A art nuveaux do teu casario
Do gótico de tuas catedrais
Oh amada centenária
Dos ambulantes,
Sonhos itinerantes
Sousa macro
Sousa marco
Sousa centro cultural
Político e social
Do sertão Paraibano.

MEUS VERSOS
de Edicarlos G. Sobreira

Meus versos?....Meus versos são rasteiros,
Simples, certeiros.
Não existem palavras difíceis, tudo e tão natural.
Meus versos?...Meus versos são partículas de seu sorriso,
Vento suave às vezes tempestades.
Não tem grandes realidades, mas e surreal
Meus versos?....Meus versos senhor!
São versos vazios, preenchidos de dor.
São recolhidos, abafados, rejeitados.
Meus versos?...Meus versos são infantis, amadores,
Cheios de erros com letras de primário.
Meus versos?...Meus versos não são de um poeta
E sim! De um sonhador triturado pelo amor.

Durante a apresentação da banda Coiteiros - que tem os poetas Getúlio Salviano e Jofran di Carvalho entre seus músicos - foi recitada a poesia de Augusto dos Anjos que segue abaixo como degustação da noite de premiação do II Festival da ASP.

A árvore da serra

— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!

— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pos almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma! ...

— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!»
E quando a árvore, olhando a pátria serra,

Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

E o prêmio vai para...

Tá chegando a grande hora da confraternização dos poetas sousenses, sertanejos, paraibanos, nordestinos, brasileiros, enfim.

Como há alguns anos atrás, a cidade sorriso reviverá um momento de brilho em suas páginas de poesias...

Ungidos pela levada poética de Patativa do Assaré muitos poetas estarão reunidos no Centro Cultural Banco do NOrdeste Sousa no próximo domingo, a partir das 19h para tomar conhecimento de suas colocações no II FESTIVAL PATATIVA DO ASSARÉ da Academia Sousense de Poesia, cujas inscrições encerraram-se na última segunda-feira.

Na programação da premiação está prevista uma abordagem sobre a vida e a obra de Patativa pelo poeta, ambientalista e professor Caetano de Lima;

Na sequencia, serão entregues as comendas ROBSON MARQUES aos que contribuíram com o engrandecimento e com a manifestação poética em nossa região.

Num terceiro momento, o mais esperado, serão entregues os prêmios-obras-de-arte especialmente concebidos e realizados pelas mãos do artista plástico Berg Almeida, cujo trabalho tem alcançado grande repercussão.

Encerrando a noite, todo o público presente assistirá ao show da Banda Coiteiros, que mistura poesia, brega e o bom e velho rock n roll dos anos 70.



Celembremos, juntos, a poesia nordestina e brasileira.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Última semana de inscrições para o II Festival Patativa do Assaré realizado pela ASP


II FESTIVAL DE POESIA - PRÊMIO PATATIVA DO ASSARÉ


Com o objetivo de promover os poetas, favorecendo o intercâmbio de idéias na busca de espaços para divulgação dos mesmos; Fomentar a discussão entre artistas e população; Homenagear o grande poeta nordestino Patativa de Assaré concedendo aos vencedores um troféu que traz seu nome e Descobrir novos talentos da poesia nacional, a ASP – ACADEMIA SOUSENSE DE POESIA realizará a segunda edição do festival na cidade de Sousa PB, no período de 12 de março a 12 de abril de 2010.

Poderão inscrever-se no II FESTIVAL DE POESIA PRÊMIO PATATIVA DO ASSARÉ todos os poetas, de todas as regiões e países, independentes de estilo, gênero ou nacionalidade, que concorrerão em absoluta igualdade.

As inscrições deverão ser entregues na sede do Sindicato do Comércio de Sousa na Rua Cônego José Viana nº 63 Sala 120/Edificio Matias (Frente ao Frouxão) Sousa PB, Fones: 0xx-83. 3522-2095/ 0xx 83 9169-8444/ 0xx83 9163-2645. E-mail: fpoesiapatativa@hotmail.com.br. Maiores informações no blog: www.festpoesiapatativa.blogspot.com.

Mas atenção:
O período de inscrição encerrará no próximo dia 12 de abril.

A formalização das inscrições se processará mediante a entrega das poesias datilografadas em espaço dois ou digitadas em espaço simples (Word), em quatro vias acompanhadas da identificação do autor (Nome, endereço completo e um breve currículo)

Nas cópias da poesia não deverão constar os nomes dos autores, apenas o nome da obra, a identificação deverá ser feita em folha, à parte e anexada a obra.

Cada poeta poderá inscrever até duas poesias e as obras não poderão conter mais que duas laudas (páginas).

Boa sorte a todos os poetas!

domingo, 4 de abril de 2010

Parceiro de Zeca Baleiro se apresentará aqui em Sousa na próxima sexta, dia 09


OPORTUNIDADE ÚNICA para os amantes da poesia

‘A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO’

Poesia e música
Performance poética em que o poeta e letrista Celso Borges interpreta cerca de 20 poemas de seus três livros-CDs, XXI (2000), Música (2006) e Belle Époque (2010), entre eles Linguagem, Persona Non Grata, Chacal e Pária. A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO tem trilhas e interferências sonoras executadas pelo guitarrista Christian Portela.

O show é uma festa sonora da música da palavra, palavra musicada, música falada, palavra cantada, uma celebração de música e poesia. Com elementos que colaboram para enriquecer o universo da poesia brasileira falada/cantada no começo do século 21, Celso Borges abre novas possibilidades de leitura para a poesia e atenua o desgaste que as linguagens faladas têm sofrido nos últimos anos.

A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO estreou em abril de 2009, na 6ª edição do projeto Catarse – reunião de artistas de todas as linguagens no palco do Sesc Pompéia, em São Paulo. Em São Luís, Celso e Christian apresentaram o projeto em dois shows no Cine Praia Grande, em outubro do ano passado.

Som e fúria

Desde os beatniks americanos, liderados por Allen Ginsberg e Lawrence Felinghetti, em meados do século XX, poetas do mundo inteiro buscam novas formas de ler e falar textos poéticos, aproximando-se cada vez mais com a música. Um dos primeiros diálogos foi com o jazz, dando início à dessacralização da poesia falada da forma como se conhecia até então. No Brasil, anos 70, a poesia marginal saiu às ruas, incorporando lições cotidianas e informais nascidas nas páginas modernistas da Semana de 22. Celso Borges segue a trilha dos poetas-declamadores que reinventaram o casamento dos versos com a música, como William Burroughs (EUA), Serge Gainsbourg (França), Mutabaruka (Jamaica) e Linton Kwesi Johnson (Reino Unido), entre outros.

A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO
Duração do espetáculo: 45 minutos

OS ARTISTAS
Celso Borges (voz e poesia) - é de São Luís do Maranhão, onde nasceu em 1959. Poeta, jornalista e letrista, viveu em São Paulo durante 20 anos e está retornando a São Luís. Parceiro de Chico César e Zeca Baleiro, entre outros, tem sete livros de poesia publicados, entre eles Pelo avesso (1985); Persona non grata (1990); Nenhuma das respostas anteriores (1996), XXI (2000) e Música, os dois últimos no formato de livro-CD, com a participação de mais de 50 poetas e compositores de várias cidades brasileiras.

No palco, desenvolveu com o DJ paulistano Otávio Rodrigues o projeto Poesia Dub, que se apresentou, entre outros eventos, no Tim Festival (SP-2004) e no projeto poético musical Outros Bárbaros, do Itaú Cultural (2005 e 2007). Seu terceiro livro-CD, Belle Époque, será lançado ainda este ano.

Christian Portela (guitarra) - multi-instrumentista maranhense (São Luís, fevereiro de 1976), toca gaita, guitarra, baixo, teclado e bateria. Começou no grupo Bota O Teu Blues Band, uma das primeiras bandas de blues e rock a fazer um circuito de bares na Ilha. Em 1998, aproximou-se do rap e foi um dos fundadores da T.A. Calibre 1, banda referência do cenário alternativo do Maranhão.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Côco do Mundo/Eu Detesto Coca Light

Zeca Baleiro & Chico César

O pastor virou doleiro, dinheiro virou cultura,
poesia virou salário, vulgaridade, receita.
Deus me livre dessa seita cujo Deus é feio e triste.

Se o belo ainda existe, o belo eu quero procurar.
Outono, verão, inverno, o mundo virou inferno.
Que o diabo pós-moderno, haja fogo pra queimar.

Da cintura pra cima só visto a calça da rima,
só quero o que me anima, o imã que me atraia,
o fogo que me atice.

Uma vez meu pai me disse ‘Meu filho, a vida é
um grande concurso de misse, alucinação de Alice,
pernas de Cyd Charisse procurando Fred Astaire’.

Eu detesto George Bush desde a Guerra do Kwait.
Eu não quero que tu te vás, mas se tu quer ir-se, vai-te.
Quero adoçar minha sina, que viver tá muito diet.
Danação é cocaína, mesmo quando chamam bright.
Gosto de você menina, mas detesto coca-light.

Gosto de sair à noite de tomar um biri night
Jurubeba tubaína Johnny Walker Black White
Me afogo na cangibrina caio no tatibitáti
Tomo cinco ou seis salinas feito fosse chocolate
Engulo até gasolina mas detesto coca light

Fazem da boate igreja da igreja fazem boate
Põem veneno na comida cicuta no abacate
Eu cuido da minha vida não sou boi que vai pra o abate
Podem cortar minha crina podem partir pra o ataque
Podem me esperar na esquina mas detesto coca light

Deus é o juiz do mundo, ele apita o nosso embate.
Nem Carlos Eugênio Simon nem José Roberto Wright.
A partida não termina, prorrogação e penálti.
A torcida feminina dá o molho ao combate.
Aprendo o que a vida ensina, mas detesto coca-light.

Tolerância zero fome zero coca zero
No quartel do mundo eu sou o recruta zero
Quero quero tanta coisa
E só me dão o que não quero.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Festival Poesia Encenada abre inscrições

Já encontram-se abertas as inscrições para o Festival Poesia Encenada do SESC, evento que movimentará a Área de Lazer do SESC Centro João Pessoa entre os dias 11 e 13 de maio próximos. De acordo com os organizadores, o prazo para inscrições vai até o dia 17 de maio e a divulgação dos 30 poemas selecionados será feita no dia 23/05.
Na sexta versão do festival, serão conhecidos as sete (7) melhores apresentações artisticas que reinterpretarão os poemas selecionados, com temário livre, através da avaliação de uma comissão especializada, que mais uma vez mobilizará profissionais do teatro, dança e literatura.

Segundo Ingrid Trigueiro, atriz e diretora “o que se espera mais uma vez é que o evento leve à Área de Lazer apresentações de diversos setores que influenciam o movimento cultural paraibano, especialmente os novos talentos, sejam autores, diretores, atores e atrizes. Na Paraíba aprendemos a nos conhecer também como poetas que somos, e o SESC vem contribuindo para afirmar nosso estado como celeiro de notáveis poetas e artistas”.

Para se inscrever o poeta interessado deve apresentar quatro cópias do poema, podendo inscrever até três poemas.A inscrição pode ser feita no Setor de Cultura do Sesc Centro João Pessoa, no horário das 8 h00 às 18h00, valendo a data de postagem nos Correios para os poetas interessados que atuam no interior do estado, até 17 de abril, considerando que a cada ano o festival do Sesc vem conquistando mais adesões de pessoas radicadas em Sapé,Cajazeiras, Monteiro, Sumé, Nazarezinho, Patos, Boqueirão, Cuité, Pedras de Fogo, Guarabira, Campina Grande,Sousa e Triunfo. No ato da inscrição deve ser indicado o nome do intérprete da poesia, caso seja selecionada.

O ator Joth Cavalcanti, que já participou de etapas anteriores registra que “após o encontro possibilitado logo no início do ano por meio da montagem da Paixão de Cristo, quando nos juntamos para fazer, na verdade, uma grande confraternização da categoria, vem o SESC tradicionalmente funcionar como mais um abre alas anual do movimento, até mesmo porque o “Poesia” costuma reunir nomes já consagrados e tantos outros novatos que só fazem nos estimular a produzir com mais dedicação e criatividade”.
As sete melhores apresentações avaliadas após as noites de eliminatórias (dias 11 e 12/05) e finalissima (13/05) receberão cada uma delas R$1.000,00. O vencedor do Festival no ano passado foi o poeta Ricardo Lucena, apresentando o poema “Beija Flor”, cujo intérprete, o ator Thardely de Lima ( representante do movimento artístico de Cajazeiras) conquistou o troféu de melhor colocado em sua categoria.

As inscrições podem ser feitas no setor cultural do SESC, que fica localizado na Rua Desembargador Souto Maior, 281.

segunda-feira, 29 de março de 2010

DIA DO ESCRITOR PARAIBANO

O dia do Escritor Paraibano é comemorado em 20 de abril, coincidentemente, o dia do aniversário do Poeta Augusto dos Anjos.

Para comemorar tão importante data, o vereador MANGUEIRA solicitou realização de Sessão Solene que será realizada no dia 12 de abril, as 10 horas da manhã, na Câmara Municipal de João Pessoa.

Na oportunidade será homenageado o Escritor Hildeberto Barbosa, em nome de todos os escritores da Paraíba, e, também, será entregue comenda ao Prefeito de Sapé, João Clemente Neto, pelo aniversário de 126 anos do nascimento do Poeta Augusto dos Anjos.

Maiores informações: 3218-6346

sexta-feira, 26 de março de 2010

23º Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba

Em 5 de março encerram-se as inscrições para o 23º Concurso Nacional de Contos Cidade de Araçatuba. Os contos enviados deverão ser inéditos e escritos em português. A premiação será de R$ 1 mil até R$ 3 mil, com mais cinco menções honrosas no âmbito local e nacional, entregues no dia 8 de setembro em Araçatuba. Para mais informações acesse: http://concursodecontos.blogspot.com/

9º Concurso Literário Guemanisse de Contos e Poesias

Em 8 de maio encerram-se as inscrições para 9º Concurso Literário Guemanisse de Contos e Poesias / 2010.

O concurso, que tem por objetivo incentivar a literatura no País e enfatizar a publicação de textos, é composto pelas categorias de Contos e Poesias. Os três primeiros colocados de cada categoria serão contemplados com as quantias de R$ 3 mil (1º lugar); R$ 2 mil (2º lugar) e R$ 1 mil (3º lugar). E, ainda, terão seus textos publicados em livro. Podem concorrer quaisquer pessoas, de qualquer país, desde que os textos inscritos sejam em língua portuguesa. Os trabalhos não precisam ser inéditos e a temática é livre.

‘A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO’

Espetáculo poético que virá à Sousa em Abril

‘A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO’

Performance de poética em que o poeta e letrista Celso Borges interpreta cerca de 20 poemas de seus três livros-CDs, XXI (2000), Música (2006) e Belle Époque (2010), entre eles Linguagem, Persona Non Grata, Chacal e Pária. A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO tem trilhas e interferências sonoras executadas pelo guitarrista Christian Portela.

No espetáculo, voz e guitarra proporcionam uma estrutura sonora ao poema além da sua própria musicalidade, ampliando o texto para além da página do livro. A idéia é valorizar a linguagem falada em diversas possibilidades. Celso Borges investe em experimentações em torno da palavra dita, saída do papel, ganhando vida em voz e arranjos instrumentais com o objetivo de fortalecer o diálogo entre a música e a poesia.

A poesia falada pode ser uma experiência mais rica do que as tradicionais leituras de palco, que lembram antigos jograis das montagens teatrais escolares. O show é uma festa sonora da música da palavra, palavra musicada, música falada, palavra cantada, uma celebração de música e poesia.

Ao fortalecer as duas linguagens e dar uma estrutura sonora ao texto, além de sua própria sonoridade, A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO abre novas possibilidades de leitura para a poesia e mina o desgaste que as linguagens faladas têm sofrido nos últimos anos. O espetáculo apresenta um painel de experiências, fruto da inquietação do artista e sua busca pelas diversas possibilidades de dizer o poema. Celso Borges quer mostrar que sua poesia coloca em discussão possibilidades formais no palco, com elementos que colaboram para enriquecer o universo da poesia brasileira falada/cantada no começo do século 21.

A POSIÇÃO DA POESIA É OPOSIÇÃO estreou em abril de 2009, na 6ª edição do projeto Catarse – reunião de artistas de todas as linguagens no palco do Sesc Pompéia, em São Paulo. Em São Luís, Celso e Christian apresentaram o projeto em dois shows no Cine Praia Grande, em outubro do ano passado.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Paraibanos para paraibanos conhecerem

Quem danado é BRÁULIO TAVARES


Esse campinense de 1950 além de conhecer profundamente tanto o folclore e o cordel nordestino, Bráulio é também romancista...e conhece profundamente tanto o folclore e o cordel nordestino como as narrativas de ficção científica,

Bráulio é também romancista, contista, dramaturgo, roteirista de filmes e mini-series, compositor e poeta.

Sua obra A pedra do meio-dia ou Artur e Isadora (1998) conquistou o selo Altamente Recomendável da FNLJ. Também mantém uma coluna diária sobre cultura no Jornal da Paraíba.

quarta-feira, 24 de março de 2010

ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O II FESTIVAL DE POESIA PRÊMIO PATATIVA DO ASSARÉ

O II FESTIVAL DE POESIA PRÊMIO PATATIVA DO ASSARÉ, é uma realização da ASP – ACADEMIA SOUSENSE DE POESIA e será realizado na cidade de Sousa PB, no período de 12 de março a 12 de abril de 2010.

Poderão inscrever-se no II FESTIVAL DE POESIA PRÊMIO PATATIVA DO ASSARÉ todos os poetas, de todas as regiões e países, independentes de estilo, gênero ou nacionalidade, que concorrerão em absoluta igualdade.

As obras devem ser exclusivas no idioma português, sendo inéditas e originais.

A premiação do II FESTIVAL DE POESIA PRÊMIO PATATIVA DO ASSARÉ acontecerá no dia 18 de abril de 2010 no Centro Cultural Banco do Nordeste, Rua Cel José Gomes de Sá, 07 Centro – Sousa Paraíba, dentro de uma programação especial.

Os três primeiros colocados no II FESTIVAL DE POESIA PRÊMIO PATATIVA DO ASSARÉ, receberão o troféu PATATIVA DO ASSARÉ e Certificado de participação.

Todos os participantes receberão certificado de participação independente da Classificação.

Participe!

PB vai construir memoriais para Sivuca, Leandro Gomes e Zé Lins

O governador José Maranhão conseguiu apoio do ministro da Cultura (MinC), Juca Ferreira, para a construção de três memoriais que homenageiam paraibanos ilustres: Sivuca, Leandro Gomes de Barros (considerado pelo poeta Carlos Drummond de Andrade como o verdadeiro ‘Príncipe dos Poetas Brasileiros’) e José Lins do Rego.

Para José Maranhão, “trata-se de preservar a memória de algumas das figuras mais importantes da cultura paraibana, garantindo às novas e futuras gerações o contato permanente com o que de melhor foi produzido no campo artístico pela nossa gente”.

Rapidez na tramitação - Entusiasmado, o ministro Juca Ferreira reuniu seus principais assessores para que os projetos apresentados pelo governo paraibano tramitassem com maior rapidez. Sobre o Memorial Sivuca, Ferreira revelou ter “o maior carinho” pelo projeto, confessando ser “um entusiasta do artista”.

Além de prometer a presença, na inauguração do Memorial, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, segundo o ministro, também é fã de Sivuca, ele garantiu que a obra estará concluída ainda este ano. Com relação ao Memorial José Lins do Rego, a idéia é transformar a fazenda que deu origem ao livro do autor, ‘Menino de Engenho’, em um museu.

Mais projetos - Além dos três memoriais, o governador José Maranhão encaminhou projetos a serem financiados pelo Programa Mais Cultura, a exemplo dos cines Mais Cultura, dos Pontos de Leitura e, ainda, a revitalização de 25 bibliotecas públicas. Todos os projetos se encontram tramitando no Ministério da Cultura, e, segundo o ministro, em regime de prioridade. Para a próxima semana ficou marcada uma reunião com todos os envolvidos, no Estado e em Brasília, com o projeto do Memorial Sivuca.

O governador José Maranhão solicitou ainda apoio para mais quatro novas iniciativas: cinco edições Livro de Bolso; Salão Internacional do Livro; Museu da Revolução de 30 (Princesa Isabel) e o Programa de Banda de Música. Este último, na opinião do ministro, de grande relevância para o país: “Temos que quadruplicar os recursos para o Programa de Banda de Música. A grande escola de música do Brasil são as filarmônicas”.

Para o governador, é preciso “acabar com a concentração de recursos” e valorizar também as tradições do Nordeste brasileiro. O ministro afirmou que a modificação da Lei Rouanet, em tramitação na Câmara dos Deputados, tem exatamente o objetivo de “descentralizar o dinheiro” e beneficiar projetos culturais nos seus diversos segmentos de forma igualitária em todas as regiões do País.


ClickPB, em 18/03/2010 (18h06)