
Tenho medos dos olhares
Tenho medo dos lugares
do lugar comum...
Tenho medo da diferença
do radicalismo da crença
que me vê menos um!
Na sua ótica separatista
e sua visão machista
sou apenas alguem na multidão
com minha falta de sorte
sofrendo o revés do corte
de que é vítima todo cidadão
Tenho medo de mim mesmo
irado, provocado e vesgo
refém de um desconhecido
de equilíbrio duvidoso
extremamente orgulhoso
e nele ser reconhecido
como alguem capaz
de guerra, e de paz
doce, salgado e amargo
um ser humano imprevisível
de sentimento indivisível
e o sofrimento como encargo.
Edilberto Abrantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário